O setor hoteleiro mineiro manifesta sua total e veemente
discordância em relação ao Projeto de Lei 3788/2025, que está tramitando na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, que propõe a
obrigatoriedade da diária de 24 horas nos meios de hospedagem.
A medida é impraticável e traria consequências devastadoras
para todo o turismo em Minas Gerais. A rotina de check-in e check-out, adotada
em todo o mundo, é condição essencial para que hotéis, pousadas e meios de
hospedagem funcionem com segurança, qualidade e organização. Alterá-la por
força de lei significaria inviabilizar o setor.
Com a redução drástica da produtividade, a consequência
direta seria o fechamento em cadeia de hotéis e pousadas, especialmente os
pequenos e médios empreendimentos. Mas os impactos não se limitam à hotelaria:
bares, restaurantes, transportes, agências de viagem, organizadores de eventos,
fornecedores de alimentos e bebidas, lavanderias e todo o ecossistema do
turismo seriam igualmente atingidos.
Até mesmo as plataformas digitais de hospedagem, que não
operam com diárias de 24 horas em nenhum lugar do mundo, seriam afetadas. O
resultado seria a destruição de um setor que Minas Gerais construiu com anos de
trabalho, investimento e esforço coletivo, conquistando espaço e
competitividade no mercado nacional e internacional do turismo.
A aprovação dessa lei significaria um enorme retrocesso:
empregos perdidos, negócios fechados e a perda da credibilidade que Minas
alcançou a duras penas.
Por tudo isso, a ABIH-MG reitera sua posição firme contra o
Projeto de Lei 3788/2025 e faz um apelo à deputada autora: abra-se ao diálogo
com o setor, para compreender de perto a realidade da hotelaria e do turismo
mineiro, antes de impor uma medida que ameaça a sobrevivência de milhares de
empreendimentos e trabalhadores em todo o estado.
Flávia Araújo Badaró
Presidente – ABIH MG
(Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas
Gerais)
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