domingo, 31 de março de 2024

Comemorações dos 50 anos do Museu Guimarãés Rosa


 Cordisburgo está a apenas 130 Km de Belo Horizonte. Há exatos 50 anos, o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado com uma cerimônia que reuniu uma multidão – de autoridades do mundo político, como o então governador de Minas Gerais, Rondon Pacheco, e o prefeito da cidade, Geraldo José Martins, a anônimos e curiosos atraídos pela novidade. O presidente da Academia Brasileira de Letras, Austregésilo de Athayde, e a filha de Guimarães Rosa, Vilma Guimarães Rosa, também estiveram presentes. “Foi uma grande movimentação, tinha muita gente.” As recordações daquele sábado, 30 de março de 1974, em Cordisburgo, ainda estão vivas para Ronaldo Alves. 

A vida de Ronaldo seria muito diferente sem o Museu Casa Guimarães Rosa. Foi ali que ele, adolescente, despertou para a cultura e para a literatura rosiana. Desde 2006, ele é o coordenador do MCGR, cargo que também ocupou de 1993 a 1997. “O Museu é minha segunda casa, fez parte da minha formação intelectual, como educador e também como cidadão”, diz o professor de história.


Cravado no número 744 da avenida Padre João, no Centro da pequena cidade de 8 mil habitantes do sertão mineiro, o histórico espaço, gerido pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Diretoria de Museus da Secretaria de Estado de Turismo e Cultura (Secult), completa cinco décadas no dia 20 de março, com novidades e motivos para celebrar. 

O Museu Casa Guimarães Rosa foi contemplado no edital “Resgatando História”, do governo federal, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e receberá recursos para recuperação da edificação. O contrato foi assinado no fim de fevereiro. Ao todo, são R$ 7 milhões para quatro museus em Minas Gerais: Museu Casa Guignard, em Ouro Preto, Museu Casa Alphonsus de Guimaraens, em Mariana, e Museu Mineiro, em Belo Horizonte, além do MCGR. 

Existe também um plano de expansão do Museu, que poderá ocupar o imóvel vizinho, transformado em uma espécie de centro de estudos da obra de Guimarães Rosa. O projeto está em fase de captação e busca patrocínios. Outra proposta em vista é a criação do ambiente digital do MCGR no metaverso, em sintonia com a perspectiva da museologia contemporânea.

O Museu Casa Guimarães Rosa está instalado na casa onde Guimarães Rosa nasceu e viveu os primeiros anos de sua infância, entre 1908 e 1917. O edifício é composto pela residência onde habitava a família do escritor e pela venda mantida pelo pai do autor de “Grande Sertão: Veredas”, “seu” Florduardo, ou simplesmente “seu Fulô”. 

Venda do Seo Fulô, com destaque para o manto de vaqueiro, no Museu Casa Guimarães Rosa (Crédito: Ronaldo Alves/Divulgação)Em 272,77 metros quadrados e dez cômodos, documentos, fotografias e objetos do acervo do Museu refletem aspectos da vida pessoal de um dos maiores autores da literatura brasileira, além de sua atuação profissional como médico, escritor e funcionário do Ministério das Relações Exteriores. No Museu, onde o visitante poderá conhecer o universo mágico do sertão mineiro, há uma coleção de aproximadamente 200 peças e cerca de 1.200 documentos textuais, dentre os quais se destacam registros pessoais como certidões, correspondências, discursos e originais manuscritos ou datilografados.

Documentário, exposição e Semana Rosiana -Os 50 anos do Museu vão nortear a programação da tradicional Semana Rosiana, em Cordisburgo. O evento chega à sua 36ª edição e será realizado entre 7 e 14 de julho. A programação contará com palestras, mesas-redondas, exibição de documentários, apresentações musicais e teatrais, narrações do Grupo Miguilim e caminhada eco-literária. 

“Será uma Semana Rosiana muito especial. São 50 anos de um museu totalmente vivo, próximo ao público, à comunidade, com uma programação diversa, trabalhando várias linguagens. Com o museu, Cordisburgo entra na rota turística e recebe pessoas do Brasil inteiro e também de outros países”, destaca a Diretora de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Pollyanna Lacerda. Em 50 anos, o Museu recebeu mais de 656 mil visitantes – 30.852 em 2023 –, segundo dados da instituição. 

Na esteira das comemorações, foi inaugurada, em meados deste mês, a exposição “Poty Lazzarotto nas artes em argilogravura: um passeio pela literatura de Guimarães Rosa a partir da arte em cerâmica”, do artista e educador Fábio Brasileiro. A mostra celebra o centenário de Poty, gravurista que criou as ilustrações para os principais livros do escritor mineiro entre os anos de 1956 e 1983, e passeia pela literatura de Rosa. As obras de Brasileiro exploram as metáforas do fogo, da luz e da iluminação presentes na literatura de João Guimarães Rosa e podem ser vistas até 28 de abril.



O curta-documentário “A Casa da Palavra”, em fase de produção e captação de recursos que viabilizem o projeto, é outra iniciativa que festeja o importante espaço em Cordisburgo. Para a produtora, roteirista e codiretora Marília Silveira, o filme conta “uma história inspiradora e poética de resistência, memória e paixão por uma obra e por um lugar”. 

“Buscamos registrar quantas histórias e estórias uma casa centenária pode nos contar e com que forças ela pôde resistir por tanto tempo nesta modernidade líquida em que estamos mergulhados. No filme, a casa onde nasceu João Guimarães Rosa é personagem protagonista e nos conta, com a ajuda de Brasinha, pesquisador e 'embaixador do sertão rosiano', as estórias que viu, viveu, ouviu e ecoam até hoje”, acrescenta Marília.
Seu Brasinha, morador ilustre de Codisburgo, é considerado "embaixador do sertão rosiano" (Crédito: Arquivo Pessoal)

Brasinha, citado pela produtora, é José Osvaldo dos Santos. Ele tinha 22 anos quando o Museu Casa Guimarães Rosa foi inaugurado. Emocionado, Brasinha teve a sensação de que Guimarães Rosa estava voltando para sua Cordisburgo, para a casa onde passara a infância. “A casa perdura por todo esse tempo, está em pé, continua contando histórias. Será sempre a casa de Guimarães Rosa, um local histórico e turístico. Temos um carinho muito grande por ela”, comenta Brasinha, apaixonado pela obra rosiana, lida “de cabo a rabo” por ele. 

Casa de Cordisburgo  - Além de manter vivo o legado de Guimarães Rosa por meio de atividades que encontram linguagens variadas, da música à literatura, da contação de histórias às oficinas sobre patrimônio histórico, um aspecto que merece ser sublinhado é a relação que o Museu construiu com a população de Cordisburgo nesses 50 anos. Não importa a faixa etária: ali, todos se sentem em casa. 


“A relação do Museu com a cidade é a grande marca dessa trajetória de cinco décadas. A partir de 1996, quando a Dra. Calina Guimarães (prima de Guimarães Rosa) cria o Grupo Miguilim, isso ficou ainda mais forte”, afirma Ronaldo Alves. O coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa destaca o vínculo do MCGR com as escolas e os grupos folclóricos e culturais de Cordisburgo. “O sucesso de um museu acontece se ele tem relação com a cidade, com a comunidade”, acrescenta.

Diretora da Escola Estadual Cláudio Pinheiro de Lima, Edilene Oliveira Bruno diz que o Museu é fundamental para que os projetos da instituição de ensino dêem certo. Nessa troca de conhecimento entre a escola e a histórica casa da avenida Padre João, número 744, um novo universo se descortina: “Os alunos, das crianças aos adultos, ficam encantados. Muitos nunca haviam tido a possibilidade de visitar um museu até entrarem ali. Mergulhamos na literatura de Guimarães Rosa e reconhecemos aquele espaço como uma casa literária nossa, tão importante para Cordisburgo”.




quarta-feira, 27 de março de 2024

PERSE em debate

A Câmara dos Deputados continua os debates sobre o PERSE- Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos, que foi criado em maio de 2021, para socorrer o setor do trade turístico, que foi gravemente afetado pela pandemia da covid-19.   

O presidente da ABIH MG-Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais Pablo Ramos esteve nos dias 26 e 27 de março em Brasília para acompanhar o andamento do projeto do Governo Federal que pretende a desoneração do PERSE. Ele é o único representante mineiro do trade turístico que está em Brasília essa semana.


Plenário lotado em discussão do PERSE

Segundo Pablo Ramos “hoje tivemos um dia importante para a indústria hoteleira. Participamos de um encontro importante no plenário da Câmara dos Deputados em defesa do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE). "Estivemos junto com a frente da hotelaria, que se reuniu com o Senador Efraim de Araújo e outros deputados federais para demonstrar a força e a união do nosso setor. Foi uma oportunidade única para destacarmos a importância do PERSE não apenas para a economia, mas também para milhões de vidas que foram afetadas nos últimos tempos”, afirma Pablo Ramos.

O PERSE tem se mostrado como uma tábua de salvação para muitas empresas e trabalhadores do ramo de eventos e hotelaria, que enfrentaram desafios sem precedentes durante a pandemia. A iniciativa visa fornecer suporte financeiro e medidas de estímulo para a recuperação do setor, que desempenha um papel vital na economia nacional.

Para o presidente da ABIH MG, “a nossa presença na Câmara dos Deputados reflete a determinação em garantir que o PERSE receba o apoio necessário para continuar ajudando aqueles que mais precisam. Juntos, estamos defendendo não apenas os interesses comerciais, mas também o bem-estar de toda uma cadeia de profissionais e suas famílias.



 “ Estamos unidos nessa jornada e confiantes de que, com o apoio do legislativo, poderemos superar os desafios e alcançar uma recuperação sólida e sustentável para o setor de eventos e hotelaria. Juntos, somos mais fortes!  Estamos unidos nessa jornada e confiantes de que, com o apoio do legislativo, poderemos superar os desafios e alcançar uma recuperação sólida e sustentável para o setor de eventos e hotelaria”, concluiu.

Geoparque Uberaba: Terra de Gigantes

                               

A cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro , localizada a 470 Km da capital mineira, recebeu  no dia 27 de março, o  reconhecimento do Geoparque Uberaba: Terra de Gigantes, este  é o sexto no país e o primeiro da região Sudeste a receber reconhecimento internacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, Para inscrever a candidatura ao título de geoparque, a equipe do Complexo Cultural e Científico de Peirópolis da Universidade Federal do Triângulo Mineiro reuniu outros atributos da região ao detalhado dossiê da Unesco. Adotando uma estratégia regional, foi além dos dinossauros e ressaltou a importância e relevância da Expozebu no cenário agropecuário, considerada a maior feira de gado zebu do mundo; o patrimônio histórico e cultural da região e ainda a espiritualidade de Francisco Xavier, o Chico Xavier, que jogou luz sobre o espiritismo e a cidade de Uberaba, onde viveu por 43 anos. 


Com a divulgação do Geoparque Uberaba: Terra de Gigantes, a cidade de Uberaba passa a se juntar aos geoparques brasileiros de Araripe (CE), Seridó (RN), Caminhos dos Cânions do Sul (RS e SC), Quarta Colônia e Caçapava (RS), elevando o país a um patamar de destaque internacional no que diz respeito à conservação e valorização de seu patrimônio geológico e cultural.

O nome ‘Terra de Gigantes” é uma alusão às três principais identidades históricas e culturais uberabenses, relacionadas ao patrimônio geológico – por abrigar fósseis de dinossauros, ao potencial agropecuário, Uberaba é reconhecida como capital mundial da raça Zebu, e por ser a cidade onde viveu o médium Chico Xavier, que nasceu em Pedro Leopoldo e depois foi para Uberaba.


A certificação pela Unesco coloca a cidade de Uberaba na rede de geoparques no mundo, territórios que têm sua história e cultura preservadas e utilizadas de forma sustentável para gerar desenvolvimento econômico e social. São locais propícios para estudos científicos, educação ambiental e turismo responsável, contribuindo para o crescimento socioeconômico e a preservação do patrimônio natural e cultural. “A chancela vai facilitar a captação de recursos e incrementos essenciais para aumentar o fluxo de turistas na região, impulsionando setores como o comércio e serviços.


A conquista da chancela de Geoparque Global da Unesco requer um longo processo, que envolve a participação de pesquisadores, autoridades e comunidades locais e regionais, como a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Prefeitura de Uberaba e Associação Geoparque Uberaba, um conjunto de esforços contínuo para consolidar o reconhecimento do patrimônio geológico, cultural e histórico do território.

Foi elaborado uma pesquisa por uma consultoria especializada, que norteou o andamento dos trabalhos e a criação dos grupos temáticos: geologia e Uberaba, um, gestão, geoturismo, patrimônio cultural, patrimônio natural, comunicação, educação ambiental e desenvolvimento econômico sustentável.

Por meio desse trabalho também foi proposto um modelo de governança para a criação da Associação Geoparque Uberaba, que reúne 34 associados entre empresários, representantes de instituições públicas e privadas, lideranças e sociedade civil. Com a formação da governança, foram realizadas duas missões técnicas aos geoparques de Seridó, no Rio Grande do Norte (2022), e de Arouca, em Portugal (2023), propiciando a troca de experiências, principalmente relacionadas às boas práticas na gestão do geoparque.

O projeto foi apresentado na Conferência Internacional sobre Geoparques Mundiais da Unesco, em Marrakech, no Marrocos. Na ocasião, Uberaba teve sua candidatura a “Aspirante Geoparque” aceita por unanimidade pelo Conselho da Rede Global de Geoparques.

Santa Casa BH realiza mutirão de colonoscopia

                                

O dia 23 de março, foi marcado por uma grande mobilização em prol da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer colorretal, isso porque a Santa Casa BH, maior complexo hospitalar de Minas Gerais, realizou um mutirão de colonoscopia que atendeu 60 pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação celebrou o Março Azul, mês dedicado à conscientização e combate ao câncer de intestino, que, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo mais comum no Brasil, em números absolutos. Entre os homens, é o segundo, ficando atrás do câncer de próstata e, no público feminino, também ocupa a segunda colocação, perdendo apenas para o câncer de mama.

O mutirão aconteceu no Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) do Hospital de Alta Complexidade 100% SUS e contou com a participação de 20 profissionais, entre coloproctologistas, residentes, anestesistas e técnicos de enfermagem. A ação foi prestigiada pelo provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto Augusto de Lima, além de demais gestores da instituição, e também estiveram presentes o secretário de estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, e a secretária adjunta da pasta, Poliana Lopes.

O provedor da Santa Casa BH aproveitou a ocasião para reconhecer o engajamento dos profissionais da coloproctologia. “Nós sabemos que a prevenção do câncer é a melhor forma de combater a doença. Hoje, o que eu vi de mais bonito foi o alinhamento da equipe de coloproctologistas e demais profissionais da assistência, que, mesmo diante das limitações, tiveram essa importante iniciativa, que merece todo o reconhecimento da instituição e também de toda a sociedade”, disse Roberto Otto.

Reforçando a relevância da instituição para a saúde dos mineiros, o secretário Fábio Baccheretti pontuou que a Santa Casa BH é “o hospital mais importante do nosso estado, em produção SUS é o segundo do país e vem recebendo os investimentos merecidos do governo de Minas. Existe toda uma organização para a realização de um mutirão como esse, por isso eu queria agradecer à instituição, ao corpo clínico e  a todos os profissionais de saúde que fazem acontecer”, comentou. 


Pacientes do SUS beneficiados - Além de atender os 60 pacientes que foram previamente avaliados e estavam preparados para a colonoscopia, o mutirão buscou desconstruir alguns mitos em torno do exame, como lembrou o médico coloproctologista assistente e chefe do departamento do CDT da Santa Casa BH, Dr. Guilherme Santos. 

“A colonoscopia é segura, rápida, indolor e é muito importante disseminar essa informação, pois ela é crucial para a prevenção e detecção precoce do câncer colorretal, o que aumenta significativamente as chances de cura. Esse tipo de câncer se desenvolve lentamente e muitas vezes não apresenta sinais ou sintomas até atingir estágios avançados”, alertou o médico.

Ele também aproveitou para parabenizar a iniciativa, o envolvimento e a organização de toda a equipe da proctologia. “Nós estamos proporcionando à população o acesso mais rápido à colonoscopia, estamos fazendo a fila andar e o mais importante: realizando os exames com a qualidade que o paciente merece”, completou Dr. Guilherme.

De acordo com o Ministério da Saúde, a colonoscopia é recomendada para homens e mulheres entre 50 e 75 anos. Esse é o caso da recepcionista Eliane Cristina Pedrosa, de 53 anos, paciente atendida pelo mutirão que buscou o exame para descobrir o que pode estar causando uma dor na região da barriga.

“Descobri uma dor na lateral da barriga, passei pelo clínico do SUS e nós estamos investigando desde o início, quando comecei a sentir essa dor. Eu não esperei. Esperar em casa, nunca”, relatou.

Os pacientes do SUS que precisam realizar a colonoscopia devem procurar o posto de saúde de referência da sua região para serem encaminhados aos serviços de exames que compõem a rede do Sistema Único de Saúde.  


terça-feira, 26 de março de 2024

BH Airport celebra 40 anos de conexões estratégicas e impacto positivo na economia

 

                                   Aeroporto na década de 80


                                              BH Airport na década 21

Quando integrantes do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e da Força Aérea Brasileira (FAB) sobrevoaram fazendas e plantações no Vetor Norte de Belo Horizonte, em uma missão secreta para encontrar a melhor área para a construção de um novo aeroporto, no final da década de 70, os mineiros ainda não sabiam, mas ali seria erguido um dos hubs de conexões mais importantes do Brasil: o BH Airport.

A área de 15 milhões de metros quadrados do município de Lagoa Santa escolhida por conta de sua boa topografia, por oferecer condições climáticas e de terreno mais seguras, seu fácil acesso a uma via expressa e por seu distanciamento seguro de zonas habitadas, receberia, anos mais tarde, a maior pista de pouso e decolagem construída até então no Brasil, além de um terminal moderno, por onde circulariam 90 mil passageiros no primeiro ano de operação.

Hoje, prestes a completar 40 anos, no próximo dia 28 de março,


o BH Airport se consolida como referência nacional e internacional na qualidade de prestação de serviços aeroportuários, tendo recebido 10,5 milhões de passageiros e movimentado 28 mil toneladas de carga em 2023. Por meio de quase 70 destinos nacionais e internacionais, o BH Airport conecta Minas Gerais ao mundo e contribui para a conectividade e o crescimento econômico do Estado, empregando cerca de 6 mil pessoas.

“Celebrar os 40 anos do BH Airport é comemorar quatro décadas de incentivo ao desenvolvimento de Minas Gerais, por meio da indução do turismo e toda a sua cadeia e da atração de novas empresas interessadas na conectividade proporcionada pelo terminal. Nos últimos 10 anos, sob a concessão da BH Airport, também avançamos na prestação de serviços e hoje funcionamos como um grande centro comercial com um mix comercial de 130 lojas, além de serviços à população do entorno, como emissão de documentos, passaporte emergencial e Correios. Também somos o primeiro aeroporto do Brasil a ser reconhecido por seu compromisso com a satisfação do cliente pelo programa Airport Customer Experience Accreditation”, afirma Daniel Miranda, diretor-presidente do BH Airport.


Sustentabilidade em pauta -Nos últimos anos, o BH Airport também vem se destacando no Brasil e no mundo por suas práticas em prol do meio ambiente e foi reconhecido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como o aeroporto mais sustentável do Brasil. Em 2023, o BH Airport se tornou o primeiro aeroporto neutro em carbono do Brasil, por meio da certificação do nível 3+ é do Airport Carbon Accreditation. Além disso, recebeu por três vezes seguidas o reconhecimento de aeroporto verde, pelo Green Airport, do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI).

“Estamos comprometidos com o legado positivo que queremos deixar não apenas para a comunidade local e para a economia mineira, mas também para o mundo. Nesse sentido desenvolvemos diversas ações de mitigação de impacto ambiental, como o projeto 400Hz + PCA, que que fornece energia elétrica certificada como de fonte renovável, durante os serviços de embarque e desembarque das aeronaves. Além disso, substituímos empilhadeiras movidos a GLP e diesel pelas elétricas. No total, a redução das emissões de carbono já acumula mais de 5 mil toneladas, o que representa 48% das emissões que o BH Airport registrava no ano base em 2017”, afirma Daniel Miranda.

O melhor aeroporto do Brasil

Todos esses avanços fizeram do BH Airport uma referência em atendimento e deu ao terminal o melhor resultado em qualidade de serviços prestados por aeroportos concedidos. A medição é realizada anualmente pela Anac, com base em indicadores de serviço como conforto térmico, tempo em fila de inspeção, restituição de bagagem, limpeza, entre outros. O BH Airport alcançou o índice de 2%, o melhor resultado do Fator Q, instrumento de qualidade dos serviços que avalia o desempenho de -7,5% a 2%.

Além disso, o BH Airport alcançou a primeira posição no ranking dos melhores aeroportos no Brasil que atendem entre 5 e 10 milhões de passageiros. A classificação é da Pesquisa Nacional de Satisfação de Passageiros, referente ao quarto trimestre de 2023, conduzida pela Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos. O aeroporto alcançou a nota 4,56, em uma escala de 1 a 5, considerando diversos aspectos, como atendimento, infraestrutura, limpeza, segurança e conveniência.


                                                  Pista no início das operações



Pista atual com ampliações 

História: 4 décadas de transformação -Ao longo dos últimos 40 anos, o BH Airport viveu significativas transformações, evoluindo de um saguão inicialmente vazio e considerado apenas um “ponto turístico” pela população curiosa, para se tornar um dos aeroportos mais importantes do país, sendo o terceiro maior do Brasil em número de destinos. Nessa trajetória, se destaca a última década sob a concessão da BH Airport, quando o aeroporto ganhou uma infraestrutura mais moderna, bonita e funcional. Os investimentos na modernização das instalações foram superiores a R$ 1 bilhão.

Conheça os principais marcos: 1ª década: 1984 - 1994 -Período marcado pela escolha do local de instalação na região metropolitana de Belo Horizonte, área que mais tarde foi dividida em dois municípios, conferindo ao aeroporto a inusitada característica de estar localizado em duas cidades: 63% em Confins e 37% em Lagoa Santa.

A região foi escolhida por ter uma localização estratégica próxima a uma via expressa e por oferecer condições climáticas e de terreno mais seguras. Os anos 80 também foram o período de construção do terminal, que contou com 1.700 operários.

2ª década: 1994 - 2004 -O aeroporto passa a ser visto como um ponto turístico pela população, que frequentava o terraço panorâmico e passeava pelo terminal para experimentar equipamentos que eram novidade na época, como escadas rolantes e elevadores.

Foi nos anos 90, também, que o aeroporto começou a oferecer destinos internacionais, sendo a primeira rota recorrente oferecida pela companhia LAB: Belo Horizonte - Santa Cruz De La Sierra (Bolívia).


Esse foi um período de crescimento econômico no Brasil, o que contribuiu para o aumento da demanda por viagens aéreas.

3ª década: 2004 – 2014 -Período com marcos importantes, como a chegada do centro de manutenção da GOL com mais de 145 mil metros quadrados divididos em três hangares. Em 2005, o terminal passou a receber 120 voos diários, o que representava um aumento de 85%, em relação ao início da operação.


Nessa época também foi criada a Linha Verde, a via expressa que conecta o centro de BH ao aeroporto. Em 2012 a Infraero, que administrava 100% o aeroporto, iniciou a reforma no terminal 1 para atender a demanda da Copa do Mundo.

4ª década: 2014 - 2024-Em 2014 a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) assinou o contrato de concessão do aeroporto à concessionária BH Airport, formada pelo Grupo CCR, uma das principais empresas de concessão de infraestrutura na América Latina, e pela Zurich Airport, operadora do Aeroporto de Zurich. Hoje, a concessionária tem 51% de participação no aeroporto, sendo os outros 49% da Infraero.

Nesse período destaca-se a construção do Terminal de Passageiros 2, que se integrou ao terminal principal e ampliou a capacidade do aeroporto para 32 milhões de passageiros por ano, além da ampliação da pista de pousos e decolagens. Também houve a entrega da primeira fase da reforma do Terminal de Passageiros 1, que foi assumida pela nova administração, mediante o reembolso da Infraero. Essa infraestrutura elevou a qualidade do atendimento aos passageiros. A última década também foi marcada pela pandemia da Covid-19, que afetou a indústria global da aviação, com reduções significativas nas operações e uma série de desafios financeiros para o setor aéreo. Desde 2022 o setor vive uma retomada gradual na movimentação de passageiros.

Superando os desafios, em 2023, o BH Airport aumentou em 30% o número de destinos, chegando a 66 no total. Considerando os voos internacionais, o crescimento foi de quatro vezes, passando de 2 para 8 destinos atendidos.

Outras curiosidades- Os primeiros voos do BH Airport foram cargueiros e a primeira aeronave a pousar no terminal foi um Boeing da Vasp, no dia 10 de novembro de 1982, antes mesmo da inauguração oficial;

  • Em março de 1983 o primeiro avião internacional pousou em Confins: um Boeing Varig, que vinha de Roma.

    Ele trazia 35 toneladas de equipamentos que seriam instalados no aeroporto;
  • Em 1984 iniciaram os primeiros voos regulares, ano que encerrou com o marco de 90 mil passageiros em 946 aviões que pousaram e 943 que decolaram;
  • As primeiras companhias aéreas a operarem no terminal foram: Vasp, Varig, Cruzeiro do Sul e Transbrasil;
  • Em janeiro de 1984 um voo chamou a atenção no BH Airport: ele trazia João da Mata Ataíde, vencedor da São Silvestre em 1983. Era a 4ª vez que um brasileiro vencia a corrida;
  • O primeiro voo internacional saindo do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte foi em julho de 1984. Era um Boeing fretado da Vasp com destino a Orlando, nos Estados Unidos.
  • Em 2023, o BH Airport foi reconhecido pela Anac como o aeroporto mais sustentável do Brasil e pela Airport Carbon Accreditation como o primeiro aeroporto neutro em carbono do Brasil.
  • O BH Airport quadruplicou o número de voos internacionais, passando de 2 para 8 destinos atendidos em 2023.

Aeroporto em números -Capacidade para operar 32 milhões de passageiros por ano;

  • 26 pontes de embarque, sendo três exclusivas para operações internacionais;
  • 9 esteiras para devolução de bagagens;
  • 17 canais de inspeção de passageiros;
  • 27 elevadores e 14 escadas rolantes;
  • 625 vagas de estacionamento;
  • 44 posições para aeronaves;
  • 40% dos passageiros utilizam o aeroporto para conexão a outros destinos;
  • 40 mil toneladas/ano de capacidade atual de carga;

Sobre o BH Airport - Com localização estratégica e um dos principais hubs do país, o BH Airport atende a quase 70 destinos nacionais e internacionais. Desde 2014, o aeroporto é administrado por uma concessão, formada pelo Grupo CCR, uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero, estatal com experiência de mais de 40 anos na gestão de aeroportos no Brasil. 

Vila Galé retira uma tonelada de lixo da praia de Touros, no Rio Grande do Norte

 Vila Galé Touros promoveu ‘Operação Praia Limpa’

A 1ª Operação Praia Limpa do Vila Galé Touros retirou 1.2 tonelada de lixo da praia. A ação, que foi realizada no último sábado (23) em parceria com a ONG Numar, teve como objetivo analisar as condições da praia e incentivar a preservação ambiental.

O mutirão de limpeza abrangeu uma extensão de oito quilômetros da costa e contou com a participação de 92 pessoas, incluindo colaboradores voluntários, hóspedes, membros da colônia de pescadores, moradores locais, representantes de órgãos ambientais e outros envolvidos. A Prefeitura de Touros contribuiu com dois tratores para auxiliar na remoção dos resíduos coletados.

"Estamos impressionados com a quantidade e variedade de resíduos encontrados. Encontramos muito plástico, incluindo sacolas, copos e garrafas, além de roupas, vidros e até mesmo um colchão enterrado na areia", explicou André Gamelas, coordenador Entretenimento e Sustentabilidade.


Colchão foi encontrado enterrado na areia

Todo o lixo recolhido foi encaminhado para os órgãos municipais responsáveis pela limpeza, garantindo o descarte adequado dos materiais.

Outras iniciativas

Neste mês de março, o Vila Galé Eco Resort do Cabo, Vila Galé Rio de Janeiro e Vila Galé Salvador realizaram a doação de 2,5 mil peças de roupa de cama para hospitais e instituições que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Preciosidades do Acervo de Oratórios no Museu Mineiro


A partir do dia 27 de março o Museu Mineiro joga luz em sua reserva técnica e apresenta ao público a exposição “Preciosidades do Acervo: Oratórios”. A mostra exibe, até 27 de abril, um conjunto de oratórios datados dos séculos XVII a XIX, cujo valor estético impressiona pela riqueza de detalhes, independentemente da fé professada pelos visitantes. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” é mais do que uma exposição tradicional, é um programa expositivo que propõe trazer para deleite do público peças do acervo do Museu Mineiro que estão acondicionados na reserva técnica por diversas razões, sejam elas por escolhas curatoriais ou pelo estado de conservação.


“É sempre uma experiência gratificante para a equipe do museu poder expor objetos que estiveram guardados por algum tempo. Uma exposição é sempre uma oportunidade de trazer ao público parte do conhecimento e da experiência que estiveram restritas aos profissionais do museu ou a estudiosos do acervo”, diz Vinícius Duarte, historiador e coordenador do Museu Mineiro. “Preciosidades do Acervo: Oratórios” faz parte da programação do Minas Santa 2014, realizado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo. 


Nesta exposição, os oratórios se projetam com o protagonismo que lhes é devido, apesar de serem considerados por alguns como mero complemento de imagens e conjuntos de arte sacra. A mostra se configura, de certa forma, como uma extensão da exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, estabelecendo um diálogo com a coleção de imaginária religiosa exposta na sala das colunas.


Oratórios centenários com diferentes formatos e finalidades -Os oratórios podem assumir diversos formatos em função da finalidade para os quais foram produzidos. Os oratórios de tipo maquineta se apresentam sob a forma de caixas retangulares lisas ou chanfradas, produzidos em madeira e vidro, e decorados externamente com elementos curvilíneos e rocalhas. O interior desses oratórios é geralmente policromado e pode apresentar subdivisões em níveis: na base, apresentam uma cena da natividade ou presépio e, na parte superior, a representação do calvário. Em alguns casos, trazem ainda imagens dos santos de devoção pessoal de seus antigos proprietários.



Há, ainda, o oratório de salão, espécie de móvel desenvolvido para ser colocado sobre uma mesa, prestando-se a atender às demandas de devoção familiar. São oratórios de grandes proporções que se assemelham a retábulos, podendo apresentar um sacrário e nichos para a inserção de santos.


Nesta exposição, a equipe curatorial formada por Vinícius Duarte, Saulo Marques e Deise Silveira, funcionários e pesquisadores do acervo do museu, optou por não inserir santos nos nichos dos oratórios de salão. A proposta é possibilitar a apreciação do oratório per se, incitando os visitantes a observarem detalhes da confecção destes objetos, tanto da fatura da madeira quanto da policromia que apresentam em seu interior ou externamente.


A reserva técnica de um museu: finalidades e desafios- A reserva técnica do Museu Mineiro reúne centenas de objetos de diferentes tipologias: pinturas, gravuras, desenhos, medalhas, moedas, esculturas, móveis, objetos de uso pessoal, achados arqueológicos e uma infinidade de outras peças. Muitos destes objetos já estiveram expostos em outras circunstâncias, tanto no Museu Mineiro quanto em outras instituições congêneres do Brasil e do exterior que, vez por outra, solicitam peças para compor exposições temáticas em suas galerias.


O fato de um objeto do acervo não estar exposto não quer dizer, em definitivo, que ele não tenha valor histórico, artístico ou cultural. Pelo contrário, muitas vezes, objetos excessivamente preciosos ou delicados podem não figurar numa mostra justamente por exigir, por exemplo, equipamentos que reproduzem condições climáticas e de luminosidade muito diferentes daquelas do ambiente natural.


“Várias razões levam esses objetos a não estarem em exposições de longa duração: seu estado de conservação, a falta de espaços expositivos suficientes para expor todo o acervo, o fato de não terem sido selecionados pela curadoria para compor a mostra ou o fato de não dialogarem diretamente com esta ou aquela proposta expositiva, por exemplo”, explica Vinícius Duarte.


Conheça o Museu Mineiro - 


Inaugurado em 1982, o Museu Mineiro reúne em seu acervo um conjunto bastante diversificado de objetos referentes à história e à produção cultural e artística mineiras. Nas salas de exposição são exibidas obras de artistas consagrados, tais como: Manoel da Costa Ataíde, Yara Tupynambá, Amílcarde Castro, Jeanne Milde, Inimá de Paula, Lótus Lobo, Celso Renato, Sara Ávila, Guignard, Maria Helena Andrés, Di Cavalcanti etc.


Atualmente, o Museu exibe a exposição de longa duração “Minas das Artes, Histórias Gerais”, onde o visitante tem a oportunidade de conhecer uma vasta coleção de arte sacra, datada dos séculos XVIII e XIX, além de preciosidades do acervo, como a bandeira da Inconfidência Mineira, os manuscritos originais da obra “Tutaméia” de Guimarães Rosa, o retrato de Aleijadinho e a coleção de santos de devoção popular.


 Sala das Sessões do Museu Mineiro Endereço (Av. João Pinheiro, 342 – Funcionários)

Horário de funcionamento: 

Terça a Sexta, das 12h às 19h 

Sábados e Domingos, das 11h às 17h 

E-mail: museumineiro@secult.mg.gov.br 

Facebook: https://www.facebook.com/museumineiro.mg/  

Instagram: https://www.instagram.com/museumineiro/  

Minas Santa, programação une fé e tradição em várias regiões

 Os eventos integram a segunda edição do programa turístico Minas Santa, que conta com a adesão de aproximadamente 600 município

Os cerca de 400 mil turistas esperados em Minas Gerais durante a Semana Santa terão à disposição uma programação diversa e gratuita, que une tradições e ritos da fé e da religiosidade em missas, procissões, encenações da Paixão de Cristo, vigílias, oficinas, mostra de cinema, exposições, apresentações musicais e outras atrações em todas as regiões do Estado.

O programa turístico Minas Santa posiciona o estado como o principal destino no país durante a Semana Santa e estimula a economia da criatividade. Em Minas Gerais, a Semana Santa representa um incremento extremamente significativo no turismo.

Em abril de 2023, após as celebrações religiosas, o estado registrou crescimento de 720% – recorde histórico – acima da média nacional, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também no ano passado, Minas Gerais cresceu 130% acima da média. brasileira. 

A programação do Minas Santa pode ser acessada no portal Minas Gerais (minasgerais.com.br). No site, há um portfólio com as atividades cadastradas pelos municípios. Na lista abaixo, confira alguns destaques.

O Minas Santa 2024 é uma iniciativa do Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), da Fundação Clóvis Salgado (FCS), do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), com patrocínio da Cemig, via Lei Estadual de Incentivo à Cultura.  

“A Semana Santa é o grande momento de movimentação turística em Minas Gerais, é a maior celebração que temos aqui e um grande movimento do turismo interno em Minas. Esse fluxo do turismo da fé é muito importante para o estado. Todas as nossas ações na Semana Santa encontram a cultura, desde o patrimônio histórico até o artesanato. Nesse período, temos a união das artes: o teatro, a música, a dança, as artes plásticas, a escultura e a moda. Em Minas, há um universo imenso de manifestações e de uma variedade muito rica”, ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira. 

As cidades históricas mineiras são destinos destaques durante a Semana Santa. Tradicionalmente, Ouro Preto e São João del-Rei são as cidades mais procuradas pelos turistas neste período.

Em 2023, Ouro Preto recebeu cerca de 25 mil visitantes, tendo uma taxa de ocupação hoteleira acima dos 90%. Em 2024, são esperados cerca de 30 mil turistas durante a celebração.

O Minas Santa também terá programação em rotas do estado como o Caminho da Luz, Caminho da Fé, Caminho Nos Passos de Dom Viçoso, Caminho das Capelas, Caminhos Franciscanos e o Caminho Religioso da Estrada Real (Crer), que compreende 31 municípios, como Caeté, Itabirito, Mariana, Tiradentes e São Lourenço.

O programa também mapeia congressos, retiros, shows e espetáculos da comunidade evangélica, assim como contempla expressões religiosas de matriz africana, como a Feitura do Cordão de São Francisco, no terreiro do Quilombo Pena Branca, no município de São Francisco, no Norte de Minas. 

O Minas Santa 2024 conta com o apoio da Reitoria do Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, Fecitur – Federação dos Circuitos Turísticos de Minas Gerais, Rede Estadual de Gestores Municipais de Cultura e Turismo, Associação Mineira de Municípios (AMM) e Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais.



Diamantina - Na Semana Santa, um grupo de mais de 80 homens se organiza em uma tradição de mais de 100 anos e sai às ruas de Diamantina encenando os passos e a paixão de Jesus Cristo. Eles usam escudos e alabardas e marcham lentamente pela cidade em procissão. Ao caminhar, batem fortemente os pés e as alabardas no chão.

A Guarda Romana foi reconhecida como patrimônio cultural do município. Feitura de tapetes devocionais, Encomendação das Almas, procissões, execução de músicas sacras dos séculos 18 e 19, e apresentação de bandas corais e orquestras também estão na programação.

Outro rito importante da Semana Santa em Diamantina é o Concerto do órgão Histórico da Igreja de Nossa Senhora do Carmo. 

São João Nepomuceno - Missas, procissões na zona urbana e rural, apresentação teatral e cantos, entre outras atividades, acontecem na Semana Santa promovida pelas Paróquias de São João Nepomuceno, na Zona da Mata mineira. Na Sexta-feira Santa (29/3), a Cia de Teatro Novos Horizontes apresenta, há mais de 30 anos, no adro da Igreja Matriz, a encenação da Paixão de Cristo. No domingo de Páscoa (31/3), às 5h, uma procissão segue pelas ruas do centro da cidade comemorando a ressurreição de Jesus Cristo.

Caeté - A tradicional Semana Santa em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, é celebrada entre ladeiras, praças e igrejas do Centro Histórico da cidade. Procissões, missas, sermões e outras celebrações estão previstas. Também haverá programação no distrito de Morro Vermelho, na zona rural do município. 

O Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade – Padroeira de Minas Gerais, na Serra da Piedade, localizado a 48 km da capital mineira e a 16 km do município de Caeté, é um importante local da fé e tem missas diárias. 

Baependi - Na Quinta-feira Santa (28/03), a cidade do Sul de Minas será palco da encenação “Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo”, a partir das 21h30, nas praças da Igreja do Rosário e da Igreja da Boa Morte. Durante a Semana Santa, procissões, Cerimônia do Lava Pés, execução de músicas sacras dos séculos 18 e 19 e apresentações de bandas integram a programação.



Uma agenda de celebrações também acontecerá no Santuário da Imaculada Conceição da Beata Nhá Chica. 

São João del-Rei - Tapetes devocionais, procissões, Cerimônia do Ofício de Trevas, apresentação de corais e orquestras, encenação da Paixão de Cristo, Festa dos Passos, Cerimônia do Domingo de Ramo, vigílias e Encomendação das Almas são algumas atrações da Semana Santa em São João del-Rei, na região Central do Estado.

Destaque também para o “Combate dos Sinos”, um dos ritos do período da Quaresma. Trata-se de uma “batalha” protagonizada pelos sinos de três igrejas do Centro Histórico – Catedral Basílica Nossa Senhora do Pilar, Igreja São Francisco de Assis e Igreja Nossa Senhora do Carmo.

 


 

Centralina - Durante todo o período quaresmal, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas, a Paróquia Cristo Rei e Nossa Senhora do Carmo, matriz do município localizado no Triângulo Mineiro, realiza as atividades que remetem à Quaresma. Na Semana Santa, em especial, são realizadas várias atividades, como a encenação da Paixão de Cristo, exibição de filme temático, procissões, Cerimônia do Lava pés e vigílias. Os fiéis e visitantes da região participam de todas as atividades.

Serra da Saudade - Menor cidade do Brasil em termos de população, com apenas 833 habitantes, segundo o Censo 2022, Serra da Saudade também conta com programação especial para a Semana Santa. Na encenação da Paixão de Cristo, na Praça do Carmo, a comunidade se reúne para apresentar o espetáculo. Alunos da rede municipal se vestem para a montagem do teatro mostrando as últimas horas de Cristo. Realização da Via Sacra, Encomendação das Almas, Cerimônia do Lava Pés, vigílias e o Rito da Imposição das Cinzas integram a programação na cidade do Centro-Oeste mineiro. 

Belo Horizonte - A programação em Belo Horizonte na Semana Santa, desenvolvida pela Fundação Clóvis Salgado, inclui exposição de arte no Palácio da Liberdade, oficinas, mostra de cinema no Cine Humberto Mauro, concerto de música litúrgica no Palácio das Artes e a encenação “Via Sacra da Liberdade”, realizada de forma inédita no Circuito Liberdade.


Os principais passos de Jesus na Via Crucis serão representados na Sexta-feira da Paixão (29/03), a partir das 19h. O espetáculo terá início em frente ao prédio do Iepha, segue em cortejo pela alameda da Praça da Liberdade, passa pelo Palácio da Liberdade e termina na Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem. 

Januária - Na Sexta-feira da Paixão (29/03), a encenação da Paixão de Cristo, na Praça Romão da Mota, será realizada no distrito de Brejo do Amparo pela própria comunidade. O espetáculo faz parte da programação da Semana Santa na cidade do Norte de Minas, celebrando as tradições e culturas em torno do feriado religioso cristão. Realização da Via Sacra, procissões, vigílias e uma exposição sobre a Semana Santa também integram a agenda em Januária.

Marilac - No município do Vale do Rio Doce, a Farra do Boi é uma festa folclórica com raízes religiosas. São construídos bonecos gigantes e bois artesanais. A comunidade se divide em blocos e sai pelas ruas da cidade à meia-noite do Sábado de Aleluia. Enquanto um grupo segue atrás de um boneco intitulado Judas cantando repentes nas portas das casas dos moradores, os outros blocos correm dos “bois” pelas ruas. A festa dura dois dias. Na noite de sábado haverá shows e no domingo, durante o dia, a queima do Judas.

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