Barco turístico para passeios na Lagoa da Pampulha

 

                                                     foto: Pedro Vilela-Mintur

Estado vai investir R$ 1 milhão na nova atração de Belo Horizonte, que deve começar a navegar pelo cartão-postal entre dezembro e janeiro, gratuitamente

 

A partir de dezembro, moradores de Belo Horizonte e turistas que visitarem a Lagoa da Pampulha poderão admirar o conjunto arquitetônico de Oscar Niemeyer de um ângulo inédito para a maioria da população. O Governo de Minas anunciou, dia 24 de setembro, o lançamento de um barco turístico que fará passeios gratuitos pelo espelho d’água.

O investimento é de R$ 1 milhão, em um trabalho conjunto entre a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e a Copasa. 

“Os recursos já estão garantidos para ter esse barco turístico rodando entre dezembro e janeiro, com 80 passageiros, três saídas por dia, para valorizarmos o patrimônio. Já temos conversas avançadas com a prefeitura para que esse licenciamento saia o mais breve possível”, informou a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega, em entrevista coletiva nesta manhã.

O projeto inclui a construção de um deck de acesso dos passageiros à embarcação, do tipo catamarã. A navegação na Lagoa da Pampulha foi proibida ainda na década de 1960 e a retomada é possível devido aos esforços do Estado e das prefeituras locais para a limpeza e revitalização da bacia. Além disso, representa um passo importante para reforçar o turismo no Conjunto Moderno da Pampulha, que é Patrimônio Cultural da Humanidade desde 2016.

“Estamos tentando recuperar a Lagoa da Pampulha. Por muitos anos o esgoto não foi cuidado. 

Gil Leonardi / Imprensa MG

Agora, fazemos um esforço em conjunto com as prefeituras de Contagem e Belo Horizonte para que a população volte a falar com orgulho do nosso cartão postal”, destacou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.

A secretária de Estado de Cultura e Turismo , Bárbara Botega informou que um barco turístico começará a operar na Lagoa da Pampulha a partir de dezembro, funcionando inicialmente como um ensaio de três meses, com três saídas diárias. Os ingressos serão gratuitos e poderão ser retirados pela internet, segundo a secretaria.

O projeto é considerado cultural, pois retoma iniciativas já existentes anteriormente, agora estruturadas em parceria com um parque turístico. O catamarã tem capacidade para 80 passageiros, já passou por adaptações para operar na lagoa e possui licenciamento aprovado junto à Marinha, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). O projeto conta com patrocínio da Porta Ásia.

 O Estado também apresentou novos investimentos para melhorar as condições na região. Ao todo, por meio da Copasa, serão investidos R$ 23 milhões na continuidade da despoluição da Lagoa da Pampulha e revitalização da Avenida Otacílio Negrão de Lima, na orla. 

As obras preveem ainda o retrofit, que consiste na revitalização e modernização de duas estações elevatórias de esgoto, que são responsáveis pelo bombeamento do esgoto até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Onça, com o objetivo de promover melhorias operacionais no processo de transporte dos efluentes.

Além disso, serão criadas 740 novas ligações de esgoto em Belo Horizonte e Contagem, sendo 270 na comunidade Guarani Kaiowá, travessias e 11.240 metros de redes coletoras, sendo 10.306 metros em Contagem e 934 metros em Belo Horizonte. Essas obras permitirão o alcance de 100% de cobertura na bacia com redes coletoras em Belo Horizonte e 99,5% de cobertura em Contagem.

A iniciativa é um passo crucial para a despoluição da Lagoa da Pampulha, contribuindo para a melhoria da qualidade da água e a preservação ambiental.

“Esses investimentos são totalmente pelo fato de garantir o retorno da Lagoa da Pampulha para aquilo que ela foi projetada para ser: um espelho d’agua, limpo, turístico, que possa ser aproveitado por toda cidade e visitantes. Estamos trabalhando muito para cuidar dos nossos patrimônios tombados pela Unesco, então , precisamos valorizar o que nós temos de melhor”, concluiu o vice-governador.