Talento e virtuosismo não escolhem pessoas, com ou sem deficiência. Partindo dessa premissa, a Fundação Clóvis Salgado (FCS)/Palácio das Artes, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart) e dos projetos “Palco Aberto Cefart” e “Dia do Pequeno Artista”, realiza o “Festival Palácio Para Todos”, promovendo acessibilidade e protagonismo das pessoas com deficiência no Palácio das Artes, de 22 a 25 de agosto. A programação completa, que inclui diversas manifestações artísticas, pode ser conferida no perfil do Palácio da Artes no Instagram (@palaciodasartes_).
Em feliz sintonia com os Jogos Paralímpicos Paris 2024 (de 28 de agosto a 8 de setembro de 2024), o Palácio das Artes abre suas portas e espaços não para os esportes, mas para o “Festival Palácio Para Todos”, uma “olimpíada” de arte que integra o Programa Mineiro de Acessibilidade, Inclusão e Saúde (ProMais), coordenado pela Secretaria de Estado de Casa Civil do Estado de Minas Gerais (SCC).
“O ‘ProMais’ congrega vários projetos e promove a inclusão em todas as áreas. O ‘Festival Palácio para Todos’ é exemplo disso. As pessoas com deficiência têm a oportunidade de conhecer ótimas atrações artísticas e culturais. Todas elas foram pensadas para que esse público se sinta confortável e consiga aproveitar o festival da melhor forma possível”, destaca o secretário de Estado da Casa Civil, Marcelo Aro.
“Ainda nos falta muito para a plena inclusão, seja na arquitetura, no urbanismo, nas escolas ou na cultura. Pensando nisso, o ‘Festival Palácio Para Todos’ quer trazer a reflexão para a necessidade urgente de lugares e formas de acessibilidade à arte e à cultura, premissa fundamental para um mundo mais humano, fraterno e digno”, afirma o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.
Mais acessibilidade - Além do que o Palácio das Artes já oferece em acessibilidade, como linguagem de sinais durante os espetáculos, elevador, rampas, estacionamento, atendimento personalizado, em breve haverá outras ações permanentes de acessibilidade. Mais que ações, um legado à população, a começar pelo palco para apresentações de artistas com deficiência em todos os dias da programação.
“O desenvolvimento da acessibilidade de nossos equipamentos culturais é prioridade para a FCS. A acessibilidade plena e estrutural é uma meta que deve nos guiar no processo de melhorias. E o público que for ao festival já poderá perceber essas evoluções, nas quais estamos trabalhando”, promete Sérgio Rodrigo Reis, presidente da Fundação Clóvis Salgado.
“O projeto nasceu para que as ações de acessibilidade criadas não se encerrassem com o fim do evento, deixando algo permanente no espaço cultural. Mas o desafio do tema é grande, bem abrangente e o trabalho deve ser continuado”, reitera Fred Torres, fundador da Cultura Criativa e proponente do projeto.
Todas as atrações terão pelo menos um tipo de acessibilidade, como por exemplo as mediações para pessoas cegas ou com baixa visão: visitas guiadas nas galerias do Palácio das Artes onde estão expostas as obras da 35ª Bienal de São Paulo – coreografias do impossível. Muitos artistas da extensa programação são pessoas com deficiência. Nesta quinta-feira (22), serão lançados 65 curtas-metragens com acessibilidade na plataforma CineHumbertoMauroMais (os filmes ficarão permanentemente da programação virtual) e o espetáculo “(in)tensões”, da Cia. de Dança Palácio das Artes, ganha o palco do Grande às 18h. Na sequência, às 19h, o jovem cantor Gabriel Cheib, que tem Síndrome de Down, se apresenta, com seu pai, o violonista Rafael Cheib.
Já na sexta (23), às 18h, o espetáculo de dança “Andanças Urbanas” será apresentado pela Cia Ananda, que tem uma bailarina cadeirante e um bailarino cego. No sábado (24), nos jardins internos do Palácio das Artes, haverá contação de histórias com Samuel Vitor, que possui TEA (Transtorno do Espectro Autista), oficinas, roda de conversa sobre autismo, show da banda New Orions, cujo vocalista, Davi Lennon, também tem TEA, entre outras atrações. Ainda no sábado, mas no Teatro João Ceschiatti, “Olhando sem olhos” (dança sem o uso da visão), também com a Cia Ananda.
No domingo (25), encerramento do “Festival Palácio Para Todos”, destaque para o espetáculo "Corpo Preto Surdo: Nós Estamos Aqui" no Teatro João Ceschiatti, , produção teatral de e com Marcos Andrade, abordando a experiência de pessoas surdas e ouvintes negras, com o suporte da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O projeto “Festival Palácio Para Todos” conta com o patrocínio da Cemig, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, apoio da Fundação Clóvis Salgado, realização da Cultura Criativa e Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), e do Ministério da Cultura. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm patrocínio master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário