terça-feira, 23 de julho de 2024

Combate o tráfico e atropelamento de animais silvestres

 O comércio ilegal de animais silvestres é um crime que causa danos incalculáveis à fauna brasileira. O Ibama registrou 38 milhões de exemplares de espécies animais são retirados da natureza por ano, um número alarmante que revela a magnitude do problema. Destes, cerca de 4 milhões de animais estavam destinados à venda no mercado negro, movimentando um comércio cruel e lucrativo que coloca em risco a sobrevivência de diversas espécies. Durante o transporte e processo de captura, estima-se que até 30% desses animais perdem a vida, vítimas da ganância e da falta de respeito pela vida silvestre.



O turismo, quando praticado de forma responsável e ética, pode ser um poderoso aliado na luta contra o tráfico de animais silvestres. Ao valorizarmos a fauna nativa em seu habitat natural, criamos um desestímulo à captura ilegal e incentivamos a preservação da rica biodiversidade brasileira. 



Outro problema grave que afeta a fauna brasileira é o atropelamento de animais silvestres nas rodovias. Segundo dados do Sistema Urubu, estima-se que mais de 475 milhões de animais sejam vítimas desse tipo de acidente todos os anos no Brasil. Esse número representa mais do que o dobro da população brasileira, e revela a urgência de medidas para reduzir essa tragédia.



Um estudo realizado no Mato Grosso do Sul por pesquisadores do Instituto de Conservação de Animais Silvestres (Icas) mapeou os pontos críticos de atropelamentos nas rodovias do Estado e identificou que mais de 30 mil animais silvestres são mortos por ano nessas vias. Entre as principais vítimas estão os tatus, tamanduás, capivaras e lobos-guará, espécies essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas brasileiros.

Combater o tráfico e os atropelamentos de animais silvestres exige uma mudança profunda na forma como a sociedade se relaciona com a natureza. "É inadmissível que ainda presenciamos tamanha crueldade contra nossos animais silvestres. No entanto, acredito que, juntos, podemos promover a conscientização e reduzir drasticamente esses crimes", resume Luiz Del Vigna, diretor-executivo da Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta).



Principal congresso de turismo de natureza do país, o Abeta Summit 2024, que ocorrerá entre 30 de outubro a 2 de novembro em Foz do Iguaçu (PR), dedicará um painel especial para discutir como o setor pode contribuir para combater esses crimes e promover um futuro mais harmônico entre o homem e o meio ambiente.

Serviço- Abeta Summit 2024

Quando: 30 de outubro a 2 de novembro

Onde: Centro de Convenções de Foz do Iguaçu

Inscrições: www.sympla.com.br/abeta-summit-2024 


Sobre a Abeta - Criada em 2004, a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta) é uma organização sem fins lucrativos que reúne empresas e profissionais comprometidos com a prática sustentável de atividades ao ar livre. Atualmente, são 120 empresas com sedes em 20 Estados e no Distrito Federal e que fortalecem o mercado de turismo, ecoturismo e turismo de aventura. Dentro do seu escopo de atuação, a Abeta possui um calendário de eventos e projetos, tornando-se referência nacional em capacitação, qualificação e treinamento no segmento. Dentre os destaques quando o assunto são encontros voltados aos profissionais do setor estão o Abeta Conecta e o Abeta Summit, que a cada ano ocorrem em cidades diferentes, como forma de reforçar a riqueza natural do país para o turismo.

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