segunda-feira, 7 de agosto de 2023

“Jequitinhonha: Origem e Gesto”

 


Em agosto, a Fundação Clóvis Salgado promove um encontro da Dança com as Artes Visuais. “Jequitinhonha: Origem e Gesto” reúne, na Grande Galeria do Palácio das Artes, aspectos de uma das regiões mais emblemáticas de Minas Gerais: o Vale do Jequitinhonha. Esse novo projeto, que propõe a união de duas linguagens artísticas, conta com uma exposição com mais de 100 objetos e uma coreografia inédita da Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) inspirada nas tradições e culturas do povo de Turmalina, no Alto Jequitinhonha. Criação coletiva da Cia. de Dança, a nova montagem reúne diversas referências culturais dos moradores da região. O trabalho teve início em abril, quando a CDPA fez uma visita de campo a espaços de artesanato e outros centros comerciais no município, ampliando, assim, a percepção dos bailarinos para as diferentes facetas da região.

De Turmalina, os bailarinos seguiram para uma jornada de encontros em três comunidades, com o intuito de entender o “Gesto”. No distrito de Cachoeira do Fanado, por exemplo, o grupo conheceu as criações em artesanato que auxiliam na renda dos moradores. Além disso, a Cia. de Dança Palácio das Artes participou de conversas com ricas trocas junto às mulheres da comunidade. A proposta era entender mais das cantigas e danças de roda que são passadas de geração em geração pelas moradoras do local. Em Campo Alegre e Campo Buriti, os bailarinos passaram por experiência semelhante ao descobrir mais detalhes sobre os costumes locais e como esse saber popular poderia ser fonte inspiradora na criação que iniciava.

A partir do contato com os moradores e as múltiplas culturas da região, os bailarinos passaram a criar, coletivamente, a nova coreografia. Ao longo do processo criativo, os corpos foram incentivados a se conectar com a matéria do barro que simboliza a riqueza artística e até mesmo financeira da região. Na coreografia de Jequitinhonha, os artistas da dança incorporam elementos da cultura do Vale para além da observação cotidiana. As famosas bonecas, por exemplo, inspiram passos que se desdobram em histórias dos moradores. Por sua vez, a vegetação característica do Vale do Jequitinhonha se incorporou no imaginário dos bailarinos e foi ressignificada a partir de corpos que irão ocupar a galeria.

 

Jequitinhonha: Origem e Gesto

Artes Visuais e Dança são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. Nessa iniciativa inédita de junção de várias expressões artísticas ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Cia. de Dança Palácio das Artes (CDPA) e as Artes Visuais se unem para apresentar ao público uma criação híbrida, em que duas linguagens se tornam uma. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a correalização do Sebrae.

Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do Palácio das Artes, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. A mostra é composta por 100 peças históricas dos principais artistas e artesãos da região. A expografia contém peças vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), com obras da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG e ainda criações atuais feitas especialmente para a ocasião.

“Jequitinhonha: Origem e Gesto” ocupa a Grande Galeria do Palácio das Artes começo dia 4 de agosto e vai até a 8 de outubro. A mostra de artes visuais pode ser visitada de terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h. Já a coreografia da Cia. de Dança será apresentada em 

 12, 18, 19, de agosto; 1º, 2, 8, 9, 22, 23, 29 e 30 de setembro; e 6 de outubro, sempre às 20h, com retirada de ingressos 1 hora antes, na Bilheteria do Palácio das Artes. A entrada é gratuita.

Foto: Paulo Lacerda

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