segunda-feira, 20 de maio de 2024

Arquivo Público Mineiro avança na execução da segunda etapa do projeto Preservação do Patrimônio

 O Arquivo Público Mineiro, localizado na Avenida João Pinheiro, tem cerca de 65% da segunda fase do projeto “Arquivo Público Mineiro: Preservação do Patrimônio” concluída. O projeto é realizado através de convênio com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), assinado em março de 2023. O investimento no projeto é  de R$432.429,38 e tem previsão de execução de 18 meses.


Diferentemente da primeira etapa, que tinha como objetivo melhorias na segurança das edificações e monitoramento das áreas de guarda, a atual objetiva a conservação preventiva e curativa e a reformatação do acervo da Presidência da Província. Também está prevista a sinalização das áreas de guarda do fundo.

As ações listadas, assim como todo o projeto, foram elaboradas pela Associação Cultural do Arquivo Público Mineiro (ACAPM), responsável pelo cadastro na Plataforma Semente, onde a equipe do CeMais realizou a análise técnica e financeira, aprovando o projeto para captação de recursos.

Com a preservação dos documentos, estudantes e pesquisadores, além da sociedade em geral, serão os maiores beneficiados. Afinal, a instituição guarda um volume excepcional do patrimônio documental de Minas Gerais, do século XVIII ao XXI, e que pode ser acessado para fins de pesquisa científica, probatória ou cultural. Entre eles, documentos manuscritos, impressos, mapas, fotografias e filmes que registram mais de 300 anos de história com acervos certificados pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.

Além da equipe do Arquivo Público Mineiro, para a execução desta nova fase, foi necessário a contratação de novos profissionais: quatro técnicos especializados com experiência e formação em história, arquivologia, conservação e restauração; um coordenador financeiro com formação em gestão de projetos e contabilidade; um coordenador contábil formado em contabilidade e um coordenador jurídico formado em direito.

Dividido em duas etapas, durante a fase da reformatação para preservação e acesso a uma parte do acervo do Fundo Presidência da Província, foram realizados diagnósticos e pequenos reparos de itens com maior degradação; preparação de documentos e substituição das embalagens e etiquetas; microfilmagem, digitalização  dos microfilmes; organização, tratamento de imagens em JPEG e conversão para PDF; criação de planilha de dados para a migração das descrições para o sistema; melhoria da infraestrutura de armazenamento de imagens; e a disponibilização dos dados da planilha e de imagens em PDF na rede do Arquivo Público Mineiro.

                                                                          Fotos; Léo Bicalho


Já a segunda e última etapa, a infraestrutura de segurança, contará com sinalizações das áreas monitoradas com a instalação de 32 placas; a elaboração de planilhas de dados com os registros da documentação trabalhada no projeto; e a guarda digital do acervo formatado, em um ambiente informatizado atualizado e seguro.

O Fundo Presidência da Província (1821-1889) - É um acervo de grande dimensão guardado no Arquivo Público Mineiro. Ele totaliza 2.188 caixas de documentos que contêm aproximadamente 700.000 páginas. Os registros mostram a rotina da administração do governo provincial e versam sobre diversos temas como a relação da Província com o Governo Imperial, obras públicas, instrução pública, polícia, magistratura, eleições, escravidão, imigração, agricultura, comércio, indústria, mineração, catequese, irmandades religiosas e outros. 

Arquivo Público Mineiro: Patrimônio Protegido - 1ª etapa -A primeira etapa desse projeto aconteceu entre agosto e novembro de 2022. Além da implantação de um novo sistema segurança, foram adquiridos equipamentos para proteger, reparar e digitalizar documentos, otimizando a capacidade de armazenamento, o que poderá facilitar o acesso virtual de parte do acervo do APM pelo público.

Nessa etapa, foram investidos R$56.698,24, por meio de captação junto ao MPMG. Houve a aquisição e instalação de dispositivos, como câmeras, telas, além da manutenção corretiva de 17 portas corta-fogo que são importantes no combate aos incêndios. Essas ações também permitiram a ampliação do monitoramento das áreas de guarda, reduzindo também o risco de furtos do acervo.

 


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