A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel)
manifesta profunda preocupação com os casos de intoxicação por metanol
registrados em São Paulo durante o mês de setembro. A Abrasel se solidariza com
as famílias das duas vítimas fatais e espera que os demais afetados encontrem
pronta recuperação.
A falsificação e adulteração de bebidas são crimes graves
contra o consumidor, que colocam em risco a saúde da população e geram
prejuízos diretos aos estabelecimentos sérios e comprometidos com a legalidade.
Trata-se de um problema de saúde pública, que exige ação coordenada entre
autoridades, setor produtivo e sociedade. A orientação da Abrasel é que os
estabelecimentos sempre procurem comprar os produtos de distribuidores
reconhecidos e confiáveis.
A Abrasel alerta ainda para o impacto negativo dos altos impostos sobre os produtos. Como afirma Percival Maricato, advogado e especialista do setor, "a carga tributária elevada tende a estimular o contrabando e a falsificação, ampliando os riscos à saúde e à segurança dos consumidores".
Para o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, "o
combate ao abuso de álcool deve ser feito por meio de educação e campanhas de
conscientização, e não por medidas que penalizam o consumidor, especialmente os
de menor poder aquisitivo, e favorecem práticas criminosas". Segundo ele,
"as novas gerações já mostram forte tendência à moderação no consumo de
bebidas alcoólicas, uma conquista no campo da educação".
A Abrasel reforça a recomendação em nota do Ministério da
Justiça, de que bares e restaurantes, diante de qualquer suspeita, suspendam a
venda de bebida e comuniquem as autoridades. A nota destaca que preços baixos,
lacres tortos, erros de impressão e odor semelhante a solventes devem ser
tratados como suspeita de adulteração. A entidade segue à disposição das
autoridades para colaborar na construção de soluções eficazes e responsáveis
para proteger a população e fortalecer o setor de alimentação fora do lar.
De acordo com o presidente da Abrasel no Sul de Minas, SEHAV
e ACIV, André Yuki, a prevenção começa com responsabilidade e atenção.
"Estabelecimentos devem adquirir bebidas exclusivamente de distribuidores
legalmente registrados e com reputação consolidada. É essencial verificar
lacres, rótulos e notas fiscais, além de manter um controle rigoroso do
estoque. Já os consumidores devem desconfiar de preços muito abaixo do mercado,
embalagens com erros de impressão ou odor estranho. A informação é nossa maior
aliada: quanto mais conscientes estivermos, menos espaço haverá para práticas
criminosas. E, diante de qualquer suspeita, é fundamental que o consumidor
denuncie imediatamente à Vigilância Sanitária local. Essa atitude pode salvar
vidas e ajudar a combater a falsificação de forma eficaz", concluiu.
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