A republicação do edital que busca patrocinadores para o
Carnaval de Belo Horizonte diminuiu os valores como maneira de atrair empresas
interessadas, mas manteve as contrapartidas previstas inicialmente. Quem pagar
mais pela festa, nas cotas de R$ 10 milhões e R$ 5 milhões, terá direito a
alterar o nome de nove vias da cidade durante o período carnavalesco.
A venda do naming rights está prevista nas contrapartidas aos patrocinadores. Ela ocorre quando uma empresa "paga para batizar temporariamente um espaço público ou privado com sua marca". No caso do Carnaval de Belo Horizonte, isso significa que as patrocinadoras poderão usar seu nome em placas, comunicação visual e na divulgação de determinadas vias da cidade durante o período da festa. Os nomes oficiais não são alterados no mapa ou no endereço, o que muda é o nome comercial usado na sinalização e na campanha. Por exemplo, a avenida Afonso Pena pode receber o nome de uma marca antes ou depois, como "Avenida Afonso Pena - 'Nome da Marca'" ou "Circuito 'Nome da Marca' Afonso Pena".
A prefeitura ofertou nove vias da cidade à venda de naming rights. A empresa que pagar R$ 10 milhões terá preferência para escolher seis pontos. Os outros três trechos ficarão com quem pagar R$ 5 milhões.
As vias ofertadas são:
Av. Amazonas, entre Rua São Paulo e Rua da Bahia;
Av. Afonso Pena, entre Rua Espírito Santo e Av. Álvares
Cabral;
Av. Brasil, entre Rua Rio Grande do Norte e Rua Ceará;
Av. Getúlio Vargas, entre Av. Cristóvão Colombo e Rua
Professor Moraes;
Rua Mármore, entre Rua Gabro e Rua Estrela do Sul;
Av. dos Andradas, entre Rua Alphonsus de Guimarães e Rua
Pirite;
Av. dos Andradas, entre Av. do Contorno e Rua dos Carijós;
Av. Coronel Oscar Paschoal, entre Av. Antônio Abrahão Caram
e Av. Presidente Carlos Luz;
Av. Assis Chateaubriand, entre Rua Sapucaí e Rua Silva
Ortiz.
Entre outros pontos, as empresas também terão acesso a dados
de ambulantes, como nome e contato, além de pesquisas internas da Belotur com
informações de métricas de eventos, desempenho de blocos, fluxo de turistas e
comportamento do público. O edital enquadra essas informações como estratégicas
para as marcas, mas determina que o patrocinador garanta proteção, sigilo e
confidencialidade de dados pessoais. As informações devem ser usadas
exclusivamente para o planejamento e a operação da festa, sendo proibido o uso
para fins diversos.
A empresa terá ainda a possibilidade de promover ações
volantes por 23 dias, entre o pré e o pós-Carnaval, desde que aprovadas pela
Belotur. Também está liberada a instalação de três blimps na área de desfile
das escolas de samba, painéis de LED, totens de comunicação e outros formatos
de mídia, desde que os custos e as autorizações sejam arcados pelos
patrocinadores.
No evento de credenciamento de ambulantes, as empresas
poderão montar espaços próprios, distribuir materiais promocionais como
camisetas, bonés, caixas térmicas e vouchers, e exibir vídeos institucionais. O
edital determina que todos os ambulantes sejam beneficiados. Caso o
patrocinador seja do ramo de bebidas, será obrigado a fornecer 14 mil
ombrelones.
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