terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Patrocinadores do Carnaval de BH poderão “mudar” nome das ruas durante a folia

 

 

A republicação do edital que busca patrocinadores para o Carnaval de Belo Horizonte diminuiu os valores como maneira de atrair empresas interessadas, mas manteve as contrapartidas previstas inicialmente. Quem pagar mais pela festa, nas cotas de R$ 10 milhões e R$ 5 milhões, terá direito a alterar o nome de nove vias da cidade durante o período carnavalesco.

 

A venda do naming rights está prevista nas contrapartidas aos patrocinadores. Ela ocorre quando uma empresa "paga para batizar temporariamente um espaço público ou privado com sua marca". No caso do Carnaval de Belo Horizonte, isso significa que as patrocinadoras poderão usar seu nome em placas, comunicação visual e na divulgação de determinadas vias da cidade durante o período da festa. Os nomes oficiais não são alterados no mapa ou no endereço, o que muda é o nome comercial usado na sinalização e na campanha. Por exemplo, a avenida Afonso Pena pode receber o nome de uma marca antes ou depois, como "Avenida Afonso Pena - 'Nome da Marca'" ou "Circuito 'Nome da Marca' Afonso Pena".

 


A prefeitura ofertou nove vias da cidade à venda de naming rights. A empresa que pagar R$ 10 milhões terá preferência para escolher seis pontos. Os outros três trechos ficarão com quem pagar R$ 5 milhões.

 

As vias ofertadas são:

Av. Amazonas, entre Rua São Paulo e Rua da Bahia;

Av. Afonso Pena, entre Rua Espírito Santo e Av. Álvares Cabral;

Av. Brasil, entre Rua Rio Grande do Norte e Rua Ceará;

Av. Getúlio Vargas, entre Av. Cristóvão Colombo e Rua Professor Moraes;

Rua Mármore, entre Rua Gabro e Rua Estrela do Sul;

Av. dos Andradas, entre Rua Alphonsus de Guimarães e Rua Pirite;

Av. dos Andradas, entre Av. do Contorno e Rua dos Carijós;

Av. Coronel Oscar Paschoal, entre Av. Antônio Abrahão Caram e Av. Presidente Carlos Luz;

Av. Assis Chateaubriand, entre Rua Sapucaí e Rua Silva Ortiz.

Entre outros pontos, as empresas também terão acesso a dados de ambulantes, como nome e contato, além de pesquisas internas da Belotur com informações de métricas de eventos, desempenho de blocos, fluxo de turistas e comportamento do público. O edital enquadra essas informações como estratégicas para as marcas, mas determina que o patrocinador garanta proteção, sigilo e confidencialidade de dados pessoais. As informações devem ser usadas exclusivamente para o planejamento e a operação da festa, sendo proibido o uso para fins diversos.

 Quem pagar mais pelo patrocínio do Carnaval de Belo Horizonte também terá direito a ocupar espaços exclusivos ao longo da festa. O edital prevê áreas de até 120 m² em todas as regionais da cidade para abastecimento, relacionamento e ativações entre os dias 13 e 17 de fevereiro. Além disso, os patrocinadores poderão montar até oito espaços “proprietários”, com até 200 m² cada, em dois períodos distintos (de 31 de janeiro a 22 de fevereiro e durante os cinco dias oficiais de folia). A criação, montagem e licenciamento ficam por conta da marca.

 

A empresa terá ainda a possibilidade de promover ações volantes por 23 dias, entre o pré e o pós-Carnaval, desde que aprovadas pela Belotur. Também está liberada a instalação de três blimps na área de desfile das escolas de samba, painéis de LED, totens de comunicação e outros formatos de mídia, desde que os custos e as autorizações sejam arcados pelos patrocinadores.

 

No evento de credenciamento de ambulantes, as empresas poderão montar espaços próprios, distribuir materiais promocionais como camisetas, bonés, caixas térmicas e vouchers, e exibir vídeos institucionais. O edital determina que todos os ambulantes sejam beneficiados. Caso o patrocinador seja do ramo de bebidas, será obrigado a fornecer 14 mil ombrelones.

 Na comunicação oficial, as marcas aparecem em diferentes frentes. O edital prevê citação dos patrocinadores nos releases enviados à imprensa, inserção de produtos nos presskits e presença em sites e redes sociais oficiais do Carnaval. Estão previstas publicações de vídeos, reels, carrosséis e posts com menções às marcas, além de exibição em traseiras de ônibus e materiais físicos de cenografia.

 A gastronomia também está contemplada. As empresas que pagarem pelo patrocínio ganham o naming rights do guia gastronômico digital do Carnaval, com sua marca estampada na divulgação. Há ainda contrapartidas ambientais: o patrocinador poderá assinar o relatório ESG do evento e participar de plantio de mudas com blocos, com direito a ações promocionais e divulgação nas redes.

 Sobre a republicação do edital, a Belotur informou que realizou readequações necessárias para alinhá-lo às condições atuais do mercado e ampliar as oportunidades de participação de empresas interessadas em associar suas marcas a uma das maiores festas de rua do país”. “A nova versão do edital traz ajustes nos valores e na distribuição das cotas de patrocínio, tornando o processo mais competitivo e atraente ao setor privado. Entre as principais mudanças estão a atualização da nomenclatura das categorias e a reorganização das chancelas disponíveis. Com essas melhorias, o edital chega ao mercado oferecendo diferentes possibilidades de investimento, adequadas a perfis variados de patrocinadores. As marcas parceiras terão acesso às contrapartidas previstas em cada categoria, que incluem presença institucional, produção de conteúdo, ações publicitárias, merchandising e ativações nos eventos oficiais do Carnaval”, informou.

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