A Santa Casa BH, maior hospital do Brasil em número de internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS), lançou dia 11 de dezembro, o Projeto Amigas do Peito, uma iniciativa que promete mudar a forma como milhares de mulheres serão diagnosticadas e tratadas contra o câncer de mama em Minas Gerais.
O programa chega para ampliar o acesso, qualificar o diagnóstico e dar mais agilidade ao tratamento de uma das doenças que mais afetam mulheres no país.
Provedor Roberto Oto
O Amigas do Peito nasce com três frentes de atuação que se complementam: a chegada da estereotaxia, tecnologia de ponta que permite realizar biópsias minimamente invasivas com precisão milimétrica; a realização de um mutirão de 100 mamografias para agilizar o rastreamento e reduzir a fila de espera do SUS; e a garantia de sustentabilidade assistencial, por meio do custeio das agulhas específicas utilizadas na mamotomia — insumo de alto custo não financiado pelo SUS e cuja aquisição foi viabilizada com apoio da deputada estadual Carol Caram.
A cerimônia de apresentação do projeto e inauguração oficial
da nova tecnologia aconteceu no Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) da
Santa Casa BH, e contou com a presença do provedor da instituição, Roberto Otto
Augusto de Lima, diretores, médicos e demais gestores da Santa Casa BH. O
evento também foi prestigiado pela deputada estadual Carol Caram e
parlamentares convidados.
Mutirão de Mamografias -Uma das primeiras ações do
projeto será o mutirão de mamografias, no próximo domingo, dia 14 de
dezembro, das 8h às 17h, no CDT da Santa Casa BH. Os exames serão
destinados exclusivamente a mulheres encaminhadas pela Secretaria Municipal de
Saúde. A mobilização pretende antecipar diagnósticos, reduzir a ansiedade de
quem aguarda por exames e priorizar casos suspeitos, que seguirão rapidamente
para a biópsia por estereotaxia, quando indicada.
Para muitas mulheres, essa agilidade representa mais do que
um exame: significa a chance real de detectar a doença, no estágio em que ela
tem maiores chances de cura.
Tecnologia que transforma vidas - A partir deste mês, a Santa
Casa BH passa a contar com a tecnologia de mamotomia guiada por estereotaxia,
que utiliza coordenadas tridimensionais para localizar lesões profundas ou
milimétricas, muitas vezes invisíveis ao toque ou a exames convencionais. O
equipamento complementa o mamógrafo adquirido em agosto com recursos do Valora
Minas, iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Já
a compra do módulo foi viabilizada por recursos remanescentes do Estado e por
emenda parlamentar destinada pela deputada Carol Caram.
Com a nova tecnologia, a biópsia se torna mais precisa,
confortável e segura. O procedimento dispensa centro cirúrgico, é feito com
anestesia local, oferece recuperação rápida e, em determinados casos, pode até
remover completamente pequenas lesões — evitando cirurgias maiores no futuro.
Para garantir o uso contínuo da estereotaxia em 2026, o
hospital conta com o apoio da parlamentar no custeio das agulhas específicas
utilizadas na mamotomia — insumo essencial que não é coberto pelo SUS. O
investimento garantirá a plena utilização da tecnologia durante o ano que vem,
ampliando a segurança das pacientes, reduzindo reoperações e fortalecendo as
decisões terapêuticas.
A deputada Carol Caram afirma que seu mandato está empenhado
em buscar soluções para o diagnóstico, o apoio e a cura das mulheres mineiras
que enfrentam o câncer de mama. “Idealizei o movimento Rosa em Rede, que irá
reunir lideranças de todas as regiões do estado com o objetivo de transformar a
vida das mulheres por meio de ações concretas, humanizadas e que realmente
impactam na busca pela cura.”
De acordo com o provedor da Santa Casa BH, Roberto Otto
Augusto de Lima, o projeto representa um marco no cuidado às mulheres mineiras:
“Cada avanço tecnológico representa esperança. A união de esforços com o
Governo de Minas e com o mandato da deputada Carol Caram mostra que o SUS pode
ir cada vez mais longe. Estamos ampliando a capacidade de diagnosticar
precocemente e oferecendo caminhos mais rápidos e seguros para o tratamento do
câncer de mama”, destaca.
Uma nova forma de diagnosticar - A mamotomia por
estereotaxia é considerada um dos métodos mais precisos da medicina moderna
para investigar lesões não palpáveis suspeitas de câncer de mama. Minimamente
invasiva e guiada por imagens de alta precisão, a técnica permite o diagnóstico
com segurança e pode, em alguns casos, remover completamente a área suspeita.
A mastologista da Santa Casa BH, Dra. Adriana Cançado,
destaca o impacto direto dessa tecnologia na jornada da paciente: “a
estereotaxia possibilita localizar com segurança calcificações que muitas vezes
são a única manifestação do câncer de mama em seu estágio inicial — fase em que
a taxa de sobrevida em cinco anos chega a 90%. A mamotomia permite retirar
lesões de até 1,5 cm sem a necessidade de cirurgia aberta, com recuperação mais
rápida e melhor resultado estético. Quando o diagnóstico é benigno, a paciente
segue apenas em acompanhamento; se for maligno, já podemos encaminhar para o
tratamento definitivo, otimizando as decisões terapêuticas e oferecendo mais
conforto às pacientes”.
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