Minas Gerais vive um momento histórico. O saldo mais recente do mercado de trabalho mostra que a cultura puxou a criação de empregos formais, com mais 1.096 postos entre maio e junho de 2025, enquanto o turismo também avançou, com mais 776 vínculos no mesmo período, de acordo com o Novo Caged.
foto:Leo Bicalho
Juntas, as duas áreas já somam mais de 809 mil empregos formais, sendo 375.951 na cultura (aumento de 2,20% em 12 meses) e 433.858 no turismo (crescimento 1,48%), o que confirma ser a transversalidade entre elas o motor do desenvolvimento mineiro.
foto:Paulo Lacerda
Recursos recordes e descentralizados - O dinamismo do setor cultural é sustentado por uma base inédita de investimentos. O DescentraCultura destinou em maio R$ 180 milhões captados pela Lei Estadual de Incentivo à Cultura, algo impensável em 2020, quando sobravam mais de R$ 100 milhões sem aplicação. Hoje, os recursos chegam de forma descentralizada aos 853 municípios.
“Nunca a cultura mineira movimentou tantos recursos. Isso só é possível porque o fomento se tornou democrático e descentralizado.
O que antes era privilégio de poucos, hoje chega a todo o estado”, afirma a subsecretária de Cultura, Maristela Rangel.“O Circuito Liberdade é o maior exemplo de que cultura e turismo são áreas complementares. O visitante vem pela experiência cultural, mas movimenta toda a cadeia do turismo, da hotelaria à gastronomia”, destaca o presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis.
No interior, a vitalidade se expressa em milhares de festivais, festas religiosas e celebrações populares que reforçam Minas como o estado do turismo cultural.
O Inhotim, ícone internacional de arte e natureza, registrou em junho 31.759 visitantes, o melhor mês de 2025.
Fluxo turístico em alta - A conectividade também acompanha o crescimento. Em junho deste ano, os aeroportos mineiros movimentaram 626,2 mil desembarques (crescimento de 6,0% em relação a 2024), com destaque para Confins (aumento de 9,2%). O turismo internacional soma 22,5 mil chegadas em junho, lideradas por Portugal (34,1%), Estados Unidos (22,8%) e Panamá (20,3%).
O transporte rodoviário segue robusto: 558,7 mil passageiros passaram pela rodoviária de Belo Horizonte em junho, somando 6,7 milhões em 12 meses. Minas também é o 2º estado do Brasil em empresas de transporte turístico, com 11,97% do total nacional.
Nos Parques Estaduais, o primeiro semestre fechou com
314.075 visitantes, com destaque para Mata Seca,em Manga, Norte de Minas que registrou aumento de
379,7% em relação a 2024. Já o Pico do Itambé obteve crescimento de visitação
em 54,6%) e Nova Baden um aumento de 50,5%.
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