segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

“Descendência: alteridade e transformação do olhar” traz diálogo entre gerações no Centro de Arte Popular


Começa no dia 21 de janeiro, no Centro de Arte Popular, equipamento da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), inaugura, em Belo Horizonte, às 19h, a exposição “Descendência: alteridade e transformação do olhar”, que reúne obras de Cristiana Nepomuceno e Rodrigo Soares, mãe e filho que, apesar de atuarem no campo jurídico, têm na arte e na pintura uma paixão cultivada ao longo de suas vidas. A mostra reflete a trajetória artística e pessoal de ambos, oferecendo ao público um encontro sensível entre perspectivas, gerações e sentimentos.


                                                         foto: Rodrigo Soares

  
A exposição, que integra o programa Minas Criativa, da Secult-MG, e fica aberta aio público até o dia 23 de fevereiro, apresenta um diálogo entre as produções de uma vida inteira de Cristiana e os trabalhos mais recentes de Rodrigo. São exibidas principalmente pinturas, além de uma peça em cerâmica inspirada nas bonecas do Vale do Jequitinhonha, revelando a conexão dos artistas com suas raízes culturais. “Transformamos nosso olhar em imagens que eternizam e marcam uma história, um momento, uma cultura. Esse é o nosso mundo”, destaca Rodrigo.
                                              foto:Jussara Fernandes

Cristiana Nepomuceno explora as paisagens e a natureza em suas criações, com uso vibrante de cores, resultando em obras que irradiam alegria e liberdade. “Sempre pintei para mim mesma e a cor traz essa felicidade. Todo lugar pode se transformar em um quadro, desde que você o observe”, afirma Cristiana. Com formação artística que inclui a Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), ela busca na espontaneidade e nas experiências do cotidiano o impulso para criar.
                                                   foto:Jussara Fernandes


Rodrigo Soares, por sua vez, é marcado pela influência do desenho e pelo fascínio em retratar olhares, “a janela da alma”, como ele define. Seus retratos buscam transmitir sentimentos profundos, num processo que une rigor técnico e expressividade emocional. “Cada artista tem seu tempo, sua visão. A exposição reflete essa transformação no olhar”, explica Caetano.

Além do vínculo familiar, os artistas compartilham o desejo de apresentar ao público a força da arte como linguagem essencial, mesmo que esta não seja sua profissão principal. “A arte está na nossa alma, é algo mais forte que nós”, diz Rodrigo Soares. Para Cristiana Nepomuceno, a exposição é uma oportunidade de mostrar uma faceta pouco conhecida de sua personalidade.
                             
                                                 foto:Jussara Fernandes


“Descendência: alteridade e transformação do olhar” promete ser uma experiência enriquecedora para o público, que poderá observar como a arte atravessa gerações, recriando significados e conectando histórias.

Centro de Arte Popular   -  O Centro de Arte Popular apresenta um amplo panorama de obras que privilegiam a riqueza e a diversidade das manifestações culturais populares, valorizando o trabalho de criadores que traduzem no barro, na madeira e em outros materiais o universo em que vivem. Sua edificação principal foi construída para uso residencial na década de 1920, tendo sido também a sede do antigo Hospital São Tarcísio.

No ano de 2012, a edificação foi adaptada para abrigar o CAP, onde o público pode conhecer obras de artistas de várias regiões de Minas Gerais, como o Vale do Jequitinhonha, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados, Ouro Preto, Sabará e outras, entrando em contato com elementos representativos da pluralidade da cultura mineira. O edifício possui quatro salas de exposição permanente, uma para exposições temporárias, uma sala para oficinas de arte e ainda um pátio interno.



Exposição “Descendência: alteridade e transformação do olhar”, de Cristiana Nepomuceno e Rodrigo Soares
Onde: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608 – Lourdes)
Abertura: Nesta terça-feira (21/1), às 19h
Período de visitação: até 23 de fevereiro – terça a sexta, das 12h às 18h30, e  sábado, domingo e feriados, das 11h às 17h

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