O turismo brasileiro vem sendo muito importante para o setor da economia nacional, na geração de emprego e renda. As empresas do setor turístico estão organizando, profissionalizando e planejando melhor os setores do trade do turismo, com isso o resultado está sendo positivo, com a movimentação do turismo interno intenso, além da previsão da chegada recorde de 7 milhões de turistas estrangeiros.
Conforme o Índice de Atividades Turísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o faturamento real já supera em 6,9% os níveis pré-pandemia. São Paulo (R$ 51,4 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 19,0 bilhões) e Minas Gerais (R$ 17,2 bilhões) concentram 55,5% das receitas projetadas.
A alta temporada beneficia múltiplos setores, gera empregos e impulsiona o consumo, elementos essenciais para o equilíbrio macroeconômico do País”, observa Tadros.
Com o crescimento do
número de passageiros, tanto em voos nacionais quanto internacionais, a CNC
prevê que os turistas destinem boa parte de seus gastos a bares e restaurantes
(R$ 70,67 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 37,55 bilhões). O transporte aéreo
e a hospedagem também prometem bom desempenho, impulsionados pela queda recente
de 21,1% nos preços das passagens, contrastando com o aumento superior a 50%
nos anos anteriores.
A presença recorde de turistas estrangeiros é outro fator de impulso. Dados do Ministério do Turismo e da Embratur indicam que 5,9 milhões de estrangeiros visitaram o Brasil entre janeiro e setembro, com destaque para argentinos (1,4 milhão), norte-americanos (464 mil) e chilenos (420 mil), que juntos representam 51% dos visitantes internacionais. Até setembro, os gastos de estrangeiros somaram US$ 3,7 bilhões, um aumento de 14,8% em relação ao ano anterior.
Diante da expectativa de aumento da receita, o setor
turístico deverá demandar mais mão de obra formal entre outubro de 2024 e
janeiro de 2025. A CNC projeta a criação de 76,5 mil vagas temporárias, o maior
número desde 2015, quando foram criadas 85,2 mil vagas. Atualmente, o setor
emprega 3,51 milhões de trabalhadores formais, um crescimento de 7,9% em
comparação ao período pré-pandemia.
Segundo o economista da CNC responsável pelo estudo, Fabio Bentes, o setor mantém trajetória ascendente. “As projeções indicam um impacto positivo contínuo do turismo na economia.
As contratações nos setores de alimentação, transportes e hospedagem refletem essa recuperação e o crescimento sólido que vem se consolidando, além de melhorias salariais que elevam as condições de trabalho”, afirma Bentes.Espera-se que o segmento
de alimentação lidere as contratações, com 54,2 mil vagas, seguido pelo setor
de transportes (10,6 mil) e hospedagem (8,4 mil). O salário médio de admissão
deverá alcançar R$ 1.842, representando um aumento real de 1,9% frente ao mesmo
período do ano passado.
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