domingo, 14 de dezembro de 2025

Serra do Cipó: a natureza entre montanhas e cachoeiras

 


Juquinha símbolo do Cipó

Entrada da Serra do Cipó


Por Leonardo Perez

Serra do Cipó: refúgio mineiro para renovar as energias.. Os belohorizontinos têm uma  deliciosa opção para renovar as energias neste final de 2025 e já iniciar 2026 com boas perspectivas: a Serra do Cipó. Localizada a aproximadamente 100 km de Belo Horizonte tem uma estrada bonita e agradável. O único inconveniente é a presença de muitos quebra-molas em Lagoa Santa, que acaba alongando um pouco o tempo de viagem.



Ao chegar à Serra do Cipó, não é exatamente o portal de entrada que anuncia que aquele lugar é diferente. O primeiro contato acontece ainda na estrada, ao atravessar uma ponte sobre o Rio Cipó, estreita, onde passa apenas um carro por vez.



A partir dali, o visitante entra em uma nova esfera de vida, com outro ritmo,  e uma sensação clara de mudança de energia.

A região conta com mais de 20 cachoeiras, entre as mais conhecidas estão a Véu da Noiva, a Cachoeira Grande e a Cachoeira da Farofa, além de muitas outras. No acesso às cachoeira existe infra estrutura básica:  portaria com acesso controlado, entrada paga, salva-vidas nos locais mais movimentados e banheiros distribuídos pelos parques, garantindo conforto e segurança para visitantes de todos os perfis.

Na parte gastronômica, a maior aglomeração fica na avenida que corta a cidade, onde se concentram diversos restaurantes.



Um destaque é a pizzaria O Tempo, que fica um pouco afastada do centro gastronômico, mas compensa a localização com três toques especiais: o chopp artesanal gelado,  a massa de fermentação natural, que garante leveza e melhor digestão, e a proposta descontraída de servir a pizza para ser consumida com as mãos.

Outra opção gastronômica bastante interessante é o Costelão Mineiro. Restaurante bem estruturado. O grande destaque da casa é a tradicional costela no chão, preparada lentamente e servida com fartura.



O ambiente conta com música ao vivo e um clima tipicamente mineiro, que torna a experiência ainda mais autêntica.

Após o almoço, a dica é aproveitar as cafeterias da região, que vêm ganhando cada vez mais espaço. A melhor é a Cafeteria O Jardim, localizada em uma das rotatórias da cidade.


O atendimento é profissional com muito acolhimento  e o café, de produção própria, é considerado um dos melhores da região. Para completar a experiência, as sobremesas merecem atenção especial, com destaque para a torta holandesa, muito elogiada pelos visitantes.

No quesito hospedagem, a Serra do Cipó oferece pousadas para todos os gostos e bolsos. Por toda a região, é fácil encontrar boas opções, desde as mais simples até as mais completas. Entre os exemplos estão a Pousada Belvedere, a Pousada Carambé, além de muitas outras espalhadas pelo entorno do Rio e da Serra.




A empatia e hospitalidade mineira  está presente em todos os lugares, aliada a uma natureza viva e abundante. Durante os passeios é  possível observar vagalumes, besouros, borboletas, micos e diversos pequenos animais circulando pela cidade. 


                                                   

Outro aspecto encantador é a presença de diversas  árvores frutíferas, que reforçam a interação genuína entre o visitante e o meio ambiente.


Bem próximo à Serra do Cipó está a Comunidade Quilombola do Açude, um verdadeiro mergulho na história de Minas Gerais e do Brasil. No mês de setembro, a comunidade realiza a tradicional festa do Candobe, uma celebração cultural que expressa ancestralidade, fé e identidade, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer de perto um modo de vida preservado há gerações.








Para quem busca aventura, especialmente o público mais jovem, a região oferece aluguel de quadriciclos, passeios guiados, canoagem e diversas atividades consideradas mais radicais, atendendo a diferentes idades e interesses.




Além das belezas naturais e da cultura local, a Serra do Cipó preserva a memória de um de seus personagens mais icônicos: José Patrício, carinhosamente conhecido como "Juquinha". Andarilho carismático e eremita, Juquinha vagava pelas trilhas, coletando flores silvestres e trocando-as por gentilezas com moradores e turistas. Em sua homenagem, encontram-se espalhadas pelo vilarejo diversas esculturas que mantêm viva a sua história e seu carisma.

Juquinha um marco na região



Portanto, programe esta virada de ano para viver momentos de contato direto com a natureza e com as águas que são revigorantes e cheias de energia. Uma escolha que renova o corpo, a mente e as intenções para o ano que começa.

A natureza encanta a Serra do Cipó
Pegue sua família e amigos e visite a maravilha da Serra do Cipó

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