O BH Airport realizou um Exercício Simulado de Emergência em Aeródromo (ESEA), envolvendo o acidente com uma aeronave Airbus A320, com 142 passageiros e 6 tripulantes a bordo, em voo alternado para o terminal internacional mineiro.
A simulação é uma ação preventiva, exigida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), conforme a RBAC 153 – item 153.331, e tem como objetivo testar o Plano de Emergência do BH Airport e aprimorar a capacidade de resposta das equipes de segurança, saúde, comunicação e operação em situações críticas, assegurando coordenação, agilidade e eficiência nos atendimentos às vítimas e familiares.
“A segurança é a nossa principal regra do jogo, e o simulado
é uma oportunidade de exercitar a integração entre todas as equipes e
instituições envolvidas no atendimento a uma emergência aeronáutica, buscando
garantir um atendimento rápido e seguro”, ressalta o COO do BH Airport, Rodrigo
Côrtes. “Nesse sentido, avaliamos a coordenação entre o Centro de Operações de
Emergência (COE), Seção Contra Incêndio (SESCINC), Serviço Médico de Emergência
(SME), Centro de Operações (APOC), Posto de Coordenação Móvel (PCM), operadores
aéreos e órgãos externos, além da comunicação em situações de falha técnica e
remoção de vítimas”, acrescenta Côrtes.
fotos:BH Airport/Divulgação
Atendimento a vítimas - O exercício também incluiu a ativação do Núcleo de Gerenciamento de Emergência (NGE) do BH Airport e centros de atendimento a ilesos, familiares e imprensa. As vítimas foram interpretadas por alunos da Faculdade Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), reconhecida pelo alto grau de realismo em simulados. O atendimento hospitalar foi conduzido pelos parceiros Mater Dei (Belo Horizonte), Policlínica Mãe Quita (Confins) e Hospital Lindouro Avelar (Santa Casa de Lagoa Santa), com transporte terrestre e aéreo das vítimas.
“Participar de um simulado de trauma dessa dimensão no BH
Airport é um reconhecimento importante do trabalho que realizamos na formação
dos profissionais de saúde. Essa iniciativa fortalece o aprendizado e a
prática, integrando ensino e saúde”, afirma o professor José Celso Cunha Guerra
Pinto Coelho, reitor da Feluma/FCM-MG. “Esta é uma oportunidade de aprendizado
singular. A atividade tem alto valor pedagógico, pois desenvolve habilidades
técnicas, comunicação efetiva e tomada de decisão sob pressão, competências
fundamentais para profissionais de saúde comprometidos com a sociedade”,
complementa a professora Cláudia Laranjeira, diretora-geral da Faculdade
Ciências Médicas de Minas Gerais.
“A capacitação contínua por meio de simulações é vital para que nossas equipes estejam prontas para agir com precisão e agilidade em cenários de grande impacto, como acidentes aéreos. Nosso objetivo é salvar vidas e minimizar os danos em situações críticas e cenários de alta complexidade, demonstrando que a capacidade de resposta rápida e eficiente pode significar a diferença entre a vida e a morte”, assinala o responsável técnico pelo SAMU da região Macro Centro, Daniel dos Santos Fernandes, reforçando que a atuação conjunta com o BH Airport e demais órgãos é fundamental para aprimorar o atendimento pré-hospitalar e o resgate em massa.
De acordo com a gerente corporativa da Qualidade da Rede Mater Dei, Marília Corrêa, a participação em simulados desse porte é fundamental para testar o Programa de Emergências Sistêmicas e garantir uma resposta segura e estruturada em ocorrências, tanto externas quanto internas. “Estamos preparados para atuar em situações de crise, contando com uma equipe capacitada e em constante atualização, alinhada ao nosso cronograma de treinamentos institucionais”, esclarece.
“Mobilizamos cerca de 400 profissionais neste simulado,
destacando a sinergia de uma ampla estrutura técnica e operacional”, esclarece
o COO do BH Airport. Além da Faculdade Ciências Médicas e do SAMU, o simulado
envolveu o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Secretaria de
Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), Defesa Civil, Polícia Federal,
Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Militar (PMMG), Polícia Civil (PCMG),
Anvisa, LATAM Airlines, Med Mais, IML BH, COMAVE/PMMG e COPOM/PMMG. “Essa
integração é essencial para que, em uma eventual emergência real, todos saibam
exatamente como agir, com rapidez e eficiência”, conclui Rodrigo Côrtes.
Com localização estratégica e um dos principais hubs do
país, o BH Airport atende cerca de 70 destinos nacionais e internacionais.
Desde 2014, o aeroporto é administrado por uma concessão, formada pela Motiva,
uma das maiores companhias de concessão de infraestrutura da América Latina, e
por Zurich Airport, operador do Aeroporto de Zurich, o principal hub aéreo da
Suíça e considerado um dos melhores aeroportos do mundo, além da Infraero,
estatal com experiência de mais de 50 anos na gestão de aeroportos no Brasil.
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