Os primeiros fóruns do
projeto “Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal - Patrimônio
Cultural Brasileiro” terão início ainda neste mês de março, oferecendo um
espaço de diálogo e valorização das tradições que envolvem a produção desse bem
cultural. Os quatro primeiros encontros serão realizados em Santa Bárbara
(18/3), na microrregião de Entre Serras da Piedade ao Caraça; Cruzeiro da
Fortaleza (31/3), no Cerrado; em Serra do Salitre (1º/4), na microrregião de
mesmo nome; e em Uberlândia (3/4), no Triângulo Mineiro.
Ao todo, serão dez encontros regionais, envolvendo produtores, instituições, comerciantes e demais atores da cadeia produtiva do Queijo Minas Artesanal nas microrregiões caracterizadas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), que presta apoio técnico à iniciativa. A participação nos fóruns é gratuita e não precisa de inscrição.
O projeto é uma realização do Instituto Periférico, a partir de recursos contemplados via Plataforma Semente | Cemais por meio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de Minas Gerais, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Associação Mineira do Queijo Artesanal (Amiqueijo).
O principal objetivo do projeto é fortalecer a política de patrimônio cultural já desenvolvida no âmbito federal, pelo Iphan, e pelo estado, via Iepha-MG. Os fóruns de escuta e discussão são momentos importantes para que os detentores de saber se manifestem diante das oportunidades e desafios que cercam os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como bem cultural, especialmente após o reconhecimento pela Unesco, em dezembro de 2024, como patrimônio também da humanidade. Além dos dois órgãos de patrimônio, também estarão presentes representantes da Emater-MG, das associações de produtores de cada microrregião e parceiros locais como prefeituras e outras entidades.
Este espaço de debate é fundamental para a troca de experiências entre produtores, que poderão compartilhar suas expectativas para os próximos passos após o reconhecimento pela Unesco, além de valorizar e promover a riqueza cultural que cada microrregião oferece. O conhecimento e os saberes ancestrais associados à produção do Queijo Minas Artesanal são centrais não apenas para a identidade mineira, mas também para o desenvolvimento econômico das comunidades produtoras. O protagonismo dos produtores é crucial para o fortalecimento dos saberes que envolvem este patrimônio e as contribuições durante os fóruns são aguardadas com grande expectativa pelas instituições participantes.
Gabriela Santoro, diretora-presidente do Instituto Periférico, destaca a relevância das ações. "Buscamos valorizar, por meio dos fóruns, as técnicas que envolvem a produção do Queijo Minas Artesanal, enaltecendo os saberes seculares presentes na nossa cultura alimentar. Os fóruns representam uma oportunidade para todos os interessados neste bem cultural e a participação das comunidades será essencial para o sucesso dessa iniciativa que visa promover e preservar a rica tradição do estado de Minas Gerais”.
“Esse projeto, viabilizado pelo Semente, núcleo de projetos socioambientais que conecta o Ministério Público à sociedade, vai mobilizar os detentores dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, fortalecer a autonomia das comunidades produtoras e valorizar essa tradição mineira em todo o Brasil”, afirma Carlos Eduardo Ferreira Pinto, promotor de Justiça.
Para Marcelo Mafra, coordenador de Patrimônio Histórico e Cultural do MPMG, “os Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal representam um saber ancestral que preserva a tradição e fortalece a identidade cultural mineira. Assim, a difusão dos modos de fazer queijo minas artesanal, por meio de projetos como este, é essencial.”
“A Emater-MG aposta neste projeto para continuar a mobilização de produtores, lideranças e comunidades, que até agora foi fundamental para o reconhecimento dos modos de fazer como patrimônio imaterial. Hoje, participamos ativamente do processo de salvaguarda, fortalecendo políticas públicas, capacitando produtores e promovendo práticas sustentáveis”, destacou Otávio Maia, diretor-presidente da empresa.
O projeto - Com duração de um ano e encerramento previsto para setembro de 2025, o projeto envolve 110 municípios distribuídos entre as dez microrregiões produtoras de Queijo Minas Artesanal (Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro, Serras do Ibitipoca). Além dos fóruns, o projeto inclui a criação de um plano de comunicação eficaz, utilizando redes sociais e mídia impressa para aumentar a visibilidade dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal e sensibilizar a população sobre a sua importância.
Fóruns : Microrregião: Entre Serras da Piedade ao Caraça
Município: Santa Bárbara
Data: 18/3, terça-feira
Horário: 13h30 - 16h
Local: Auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Agropecuária - Parque Natural Municipal Recanto Verde - Rua Francisco Arcanjo
de Souza Melo, 208 - Centro
Microrregião:
Cerrado
Município: Cruzeiro da Fortaleza
Data: 31/3, segunda-feira
Horário: 13h - 15h
Local: Câmara Municipal - Praça do Santuário, 1373 - Centro
Microrregião:
Serra do Salitre
Município: Serra do Salitre
Data: 1/4, terça-feira
Horário: 13h - 15h
Local: Escola Municipal Nelson Braga - Povoado de Catulés, S/N,
Casa - Área Rural
Microrregião:
Triângulo Mineiro
Município: Uberlândia
Data: 3/4, quinta-feira
Horário: 13h30 - 16h
Local: Parque de Exposições Camaru, durante a Femec 2025 –
Feira do Agronegócio Mineiro | Av. Juracy Junqueira Rezende, nº 100 – Pampulha