Dos 41 vereadores da capital mineira, 39 votaram no dia 3 de abril, a favor da definição do Marco Zero da capital mineira fique na Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem. Atualmente, o ponto considerado como referência é a Praça da Estação. A alteração vai fazer com que a igreja, na região central da cidade, passe a ser reconhecido como localidade mais antiga e, portanto, origem geográfica e histórica do município.
“O ponto geográfico onde se
encontra edificada a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, localizada na Rua
Sergipe, n° 175, Bairro Funcionários, passa a ser considerada o Marco Zero de
Belo Horizonte”, determina o Projeto.
Durante audiência pública para debater a proposta, no fim de fevereiro, o representante da prefeitura de Belo Horizonte, Yuri Mesquita, explicou que existem três Marcos Zeros na capital mineira - a Praça Sete, a Igreja da Boa Viagem e o conjunto arquitetônico da Pampulha - , além de um marco geográfico, que é a Praça da Estação, onde, inclusive, está a pedra fundamental da capital. “Entretanto, nenhum deles é oficial”, disse.
Segundo historiadores, o
primeiro homem a chegar a Belo Horizonte foi Francisco Homem Del Rei,
fazendeiro vindo de Portugal, que trouxe consigo em sua nau uma imagem de Nossa
Senhora da Boa Viagem, a protetora dos navegantes. Em meados de 1700, ainda no início
do século XVIII, Del Rei construiu uma pequena capela de pau a pique para
abrigar a imagem, dentro da fazenda da família portuguesa, e ao seu redor
desenvolveu-se o Curral Del Rei, hoje, Belo Horizonte, a capital do Estado.
A proposta ainda retorna para
votação em segundo turno antes de seguir para sanção ou veto do prefeito.
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