O desenvolvimento de Belo Horizonte passa, essencialmente, pelo comércio. Todas as regiões da cidade foram, e ainda são, impulsionadas por centros comerciais. Foi ao redor de lojas, mercearias, quitandas e mercados que a capital mineira traçou sua trajetória no varejo, setor que, hoje, é responsável por 72% do PIB da cidade e emprega mais de um milhão de pessoas.
O longo caminho percorrido pelo comércio varejista de Belo Horizonte é composto por peculiaridades, “causos” e transformações. Cada região possui sua singularidade e histórias que contribuem para que o setor seja plural e dinâmico. Todas essas memórias podem ser revisitadas no Ponto Cultural CDL, equipamento do Circuito Liberdade que tem como mantenedora a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
Primeira escada rolante, primeiro arranha-céu…
O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, explica que no Ponto Cultural é possível relembrar e conhecer fatos marcantes que fizeram a capital mineira ganhar o título de metrópole ao longo dos anos.
“O primeiro prédio considerado arranha-céu da cidade possuía dez andares. Conhecido como Edifício Ibaté, ele está localizado na Rua São Paulo, no Centro de Belo Horizonte, e foi construído em 1935, no estilo francês art-déco”, conta. “Em visita ao Ponto Cultural é possível apreciar sua foto, bem como uma réplica da primeira escada rolante que chegou à capital, ainda na década de 1960, e foi instalada no Edifício Arcângelo Maletta, reduto boêmio, gastronômico e cultural que também é destaque do Ponto”, completa.
Cada região, um comércio
As regiões da cidade são caracterizadas por abrigarem segmentos comerciais distintos. O Barro Preto é o polo da moda, a Avenida Silviano Brandão abriga as lojas especializadas em móveis, o Barreiro é conhecido pelas indústrias. Já Santa Teresa é um reduto de bares. Toda essa divisão é mostrada pelo Ponto em detalhes, fotos, representações de espaço e curiosidades.
Galeria Ouvidor-Inaugurada em 1964, a Galeria Ouvidor foi o primeiro grande centro comercial da cidade. Os moradores da época, além de comprar, adoravam a diversão das escadas rolantes, uma das primeiras da cidade.
Feira Hippie uniu expositores de várias feiras- A Feira de Artes, Artesanato e Produtores de Variedades de Belo Horizonte, nome oficial da Feira Hippie, era realizada na Praça da Liberdade e, na década de 1990, foi transferida para a Avenida Afonso Pena, e agregou os expositores das feiras da Praça Raul Soares, da Rua Gonçalves Dias e da Praça Rui Barbosa, que foram extintas.
Acervo- O Ponto Cultural possui ainda um rico acervo de fotos, mapas e equipamentos que mostram o desenvolvimento econômico, geográfico e social de Belo Horizonte. Tradicionais empresas doaram equipamentos originais, como a máquina registradora da Casa Salles, da década de 1920. Também é possível conhecer a temida máquina de remarcação dos preços, tão utilizada no governo Sarney e que, a cada hora, modificava os valores em função da inflação descontrolada. Há também cédulas de dinheiro originais de diversas épocas, além de máquinas de cheques, notas fiscais do início do século XX, dentre outros tantos objetos curiosos e interessantes.
BH ganhou livro quando completou 125 anos
Ano passado, quando Belo Horizonte completou 125 anos, a CDL/BH presenteou a capital mineira com o livro “BH 125 anos: Um olhar sobre a cidade, seu comércio e sua história”, edição atualizada. A obra, realizada pela Fundação Educativa Cultural CDL/BH, com apoio da CDL/BH e do Sebrae Minas, foi organizada e redigida pelos historiadores e escritores Osias Ribeiro Neves e Luciano Amormino, e atualizou a edição lançada em 2017, que contava os destaques dos 120 anos da cidade. O livro é dividido em seis partes que criam uma linha do tempo da cidade, revelando fatos e curiosidades desde sua fundação, passando pela Revolução de 1930, seguindo pelos Novos Tempos e também relatando como foi a travessia para o século XXI. Nas páginas finais, a obra traz um compilado dos últimos cinco anos e como eles nos trouxeram à Belo Horizonte de hoje.
Serviço
Ponto Cultural CDL
Avenida João Pinheiro, 495 – Boa Viagem (ao lado do antigo prédio do Detran)
Entrada: gratuita
Dias e horários de funcionamento:
- visitas livres – terça a sábado, das 10 às 16 horas
- visitas mediadas – terça a sábado, às 10h e 14 horas
Agendamento pelo e-mail: pontocultural@cdlbh.com.br
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