Apresentações de “Cosmos” e “Todo Mundo é um Mundo” ocorrem
nos dias 9 e 10 de dezembro, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, com a entrada gratuita.
A Escola de Dança do Centro de Formação Artística e
Tecnológica da Fundação Clóvis Salgado (CEFART) encerra o ano de 2025 com dois
espetáculos que celebram a criação, a diversidade e a transformação.
fotos Paulo Lacerda
As turmas
apresentam, nos dias 9 e 10 de dezembro, às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio
das Artes, os espetáculos de formatura e de fim de ano: “Cosmos” e “Todo Mundo
é um Mundo”, respectivamente. Abrindo a programação, “Cosmos”, que conta com as
10 formandas do Curso Técnico em Dança, é um trabalho que nasce do desejo de
inventar mundos possíveis. Já “Todo Mundo é um Mundo”, que terá a participação
de mais de 130 alunos da Escola de Dança, amplia essa travessia para o terreno
da pluralidade e dos encontros entre universos. A entrada é gratuita e os
ingressos podem ser retirados pela plataforma Eventim ou na bilheteria do
Palácio das Artes.

“Cosmos” explora a potência dos corpos em cena e a forma
como seus percursos individuais se encontram, se atravessam e se transformam na
criação coreográfica, enquanto “Todo Mundo é um Mundo” parte da investigação da
coletividade e da sensibilidade presente nas pequenas experiências cotidianas.
Juntos, os dois trabalhos sintetizam questões centrais da formação artística do
CEFART: a escuta, o rigor técnico, a liberdade criativa e a relação do
intérprete com o próprio corpo.

Os espetáculos de Formatura e Fim de Ano da Escola de Dança
são realizados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria
de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais e Fundação Clóvis Salgado. As
atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio
Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do
Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo e correalização da
APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito
Liberdade, que reúne mais de 50 equipamentos com as mais variadas formas de
manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. As ações são
viabilizadas por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura.
Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.
Um universo em expansão – Concebido especialmente para as
formandas do Cefart, “Cosmos” celebra a conclusão de um ciclo formativo e, ao
mesmo tempo, aponta para novos horizontes. Trata-se de um prólogo para o
espetáculo “Todo Mundo é um Mundo”, que, como o título indica, aborda o começo
do mundo, tanto de forma material quanto subjetiva. Para o diretor e coreógrafo
Maxmiler Junio, que também integra a Cia de Dança Palácio das Artes, a obra se
formou a partir de um processo profundamente coletivo. “‘Cosmos’ surgiu de um
processo muito afetivo. Ele nasceu dessa grande colcha de retalhos que a turma
carregava: imagens, memórias, inquietações, ideias… Tudo misturado. Quando
começamos a criar, percebemos que aquilo não era só um trabalho coreográfico,
era o primeiro impulso para tudo que viria depois no espetáculo ‘Todo Mundo é
um Mundo’”, conta.
Entre dança e música, a voz de Caetano Veloso atravessa a
cena. O espetáculo convoca memórias e descobertas partilhadas ao longo da
formação artística. “De alguma forma, ‘Cosmos’ virou um portal. Um rito de
passagem mesmo. Durante o processo, revisitamos a trajetória da turma dentro da
formação, o que elas viveram, aprenderam, enfrentaram. E isso criou uma conexão
muito potente entre elas e comigo enquanto coreógrafo”, explica Maxmiler. No
palco, “Cosmos” representa um momento em que as formandas reconhecem suas
histórias individuais enquanto se percebem parte de uma força coletiva. Para a
aluna Maria Regis, o público pode esperar um espetáculo artisticamente
poderoso. “Em cena, eu me sinto com muito poder, mas também muito sensível — é
nosso último espetáculo, nossa formatura. Chegamos até aqui juntas, e essa
união aparece em cena”, conta.
Já “Todo Mundo é um Mundo” foi concebido por uma equipe de
criação que inclui Maxmiler Junio, Eliatrice Gischewski, Cristhyan Pimentel e
Maíra Campos, também integrantes da Cia de Dança Palácio das Artes. Inspirado
por “frases-semente” sobre movimento, unicidade e existência, o espetáculo, que
é mais visual do que narrativo, transforma ideias em gesto, palavra e imagem, e
representa diversos universos – alguns táteis e outros não – por meio das
cores. Segundo Maxmiler, diretor-geral, o ponto de partida foi uma inquietação
comum à equipe: “A gente começou a perceber que, diante do tema, fazia sentido
compartilhar o mundo que vivemos, mas sempre respeitando a ideia de que cada
pessoa carrega um universo próprio”. Essa reflexão transformou o título em uma
espécie de filosofia. “Cada um é um mundo, e quando esses mundos se encontram,
eles formam o universo. No nosso caso, o universo da arte, o universo da dança,
o universo do CEFART”, explica.
Para Maxmiler, o espetáculo é também uma celebração do
encontro. “Esse processo foi construído a muitas mãos, com muitas perspectivas,
com muita escuta. Foi um encontro bonito, potente e muito verdadeiro com a
escola”, relembra. A formanda Maria Regis ressalta que “Todo Mundo é um Mundo”
é uma obra emocionante: “É um espetáculo muito lindo, daqueles que você assiste
e pensa: ‘Nossa, que bonito!’. Acho que o público vai se emocionar de verdade”,
adianta.
CEFART – O Centro de Formação Artística e Tecnológica
(CEFART), da Fundação Clóvis Salgado, é responsável por promover a formação em
diversas linguagens no campo das artes e em tecnologias do espetáculo.
Referência em formação artística, o CEFART possui amplo e inovador Programa
Pedagógico para profissionalizar e inserir jovens talentos no mercado de
trabalho da cultura e das artes. Diversas gerações de artistas e técnicos foram
formadas ao longo dos quase 40 anos de atividades, com forte impacto no fazer artístico
de Minas Gerais. São oferecidas, gratuitamente, oportunidades democráticas de
acesso à formação cultural diversa, por meio de Cursos Técnicos, Básicos, de
Extensão e Complementares, com grande repercussão social.
FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a
criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a
Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e
Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita
e popular, ópera e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as
inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete
– Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos
pela FCS. A Instituição é responsável
também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes,
Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine
Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e
Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela
gestão do Circuito Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes e a
CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em
plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e
variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um
espaço de todos e para todos.
Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes
(Av. Afonso Pena, 1537 - Centro, Belo Horizonte)
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
@fcs.mg.gov.br