domingo, 22 de setembro de 2024

BH Airport contribui para a preservação de espécies e combate ao tráfico de animais

Dia 22 de setembro é celebrado o Dia da Defesa da Fauna Brasileira. E, embora esse pareça um assunto ligado principalmente às organizações de defesa do meio ambiente, essa é uma causa que atravessa diversos setores e empresas. Os aeroportos, por exemplo, têm um papel fundamental na preservação da fauna, tema que é levado muito a sério no BH Airport, que desenvolve uma série de medidas para assegurar a proteção dos animais.

Com o objetivo de proteger a sua própria operação e preservar a biodiversidade local, o BH Airport tem uma equipe dedicada ao trabalho de gerenciamento do risco da fauna no sítio aeroportuário e no entorno do terminal. Trata-se de um trabalho ostensivo realizado por uma equipe formada por biólogos, veterinários e auxiliares de campo, que atuam na dispersão, afugentamento e captura de animais que circulam no entorno do sítio aeroportuário, impedindo que eles colidam com aeronaves ou, ainda, sejam atropelados na rodovia que dá acesso ao terminal.

Durante todo o ano de 2023, foram realizadas mais de 11 mil dispersões de fauna, através de técnicas como a falcoaria e o cão treinado.


No ano passado foram capturados 266 animais no sítio aeroportuário. Esses animais são realocados e soltos em locais afastados do aeroporto, em áreas preservadas de acordo com a Licença de Manejo de Fauna.

O BH Airport também tem uma passagem de fauna, que funciona como um túnel abaixo da rodovia, e que permite o deslocamento de animais que vivem em áreas florestais do entorno, evitando o seu atropelamento. Cerca de 12 espécies de mamíferos silvestres típicos dos biomas Mata Atlântica e Cerrado já foram identificadas utilizando a passagem, entre veados, tamanduás, cachorros do mato e quatis. Além disso, o terminal conta com uma parceria com os municípios do entorno para monitoramento e mitigação de focos que possam atrair animais em um raio de 20 quilômetros do terminal.

gestor de Engenharia e Manutenção do BH Airport, Emerson Chaves, fala sobre a importância dessas ações para a preservação da fauna e segurança da operação aeroportuária. “Estamos em uma área cercada por florestas e é natural que recebamos algumas visitas de animais silvestres. Além de todo o trabalho de dispersão que realizamos, também ajudamos na preservação dos 310 hectares de vegetação nativa no nosso entorno, garantindo a proteção da biodiversidade local e regional, e a segurança da operação das aeronaves”, diz.

 Declaração do Palácio de Buckingham - A preservação da fauna no BH Airport também é praticada a partir de um trabalho criterioso de combate ao comércio ilegal de animais. O terminal internacional mineiro aderiu, em 2022, à causa da ONG United For Wildlife (União Pelas Vidas Selvagens), presidida pelo Príncipe William, e que se dedica ao combate ao tráfico de plantas e animais silvestres. O compromisso foi formalizado com a assinatura da Declaração do Palácio de Buckingham, fazendo do terminal internacional mineiro um dos primeiros aeroportos a aderir à causa.

Entre as ações desenvolvidas pelo terminal está o treinamento ministrado por representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com foco na promoção de iniciativas conjuntas para combater o tráfico internacional de vidas silvestres. Participaram as equipes de segurança e sustentabilidade do BH Airport; representantes da Polícia Federal, Receita Federal e agentes de proteção à aviação civil.

 Caranguejos, serpente e jabuti - O resultado desse trabalho pode ser comprovado em ações importantes realizadas no terminal este ano e que resultaram na apreensão e preservação da vida de animais.


Um exemplo foi o resgate de 20 Caranguejos-Uçá, que eram transportados com destino a Brasília. O passageiro foi abordado no raio-x pela equipe de segurança do terminal. Os caranguejos foram acolhidos pelo setor de Avifauna do BH Airport e, em seguida, encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama.

 Este ano também foram identificados e resgatados uma serpente Corn Snake (Cobra de Milho), que era transportada por um passageiro rumo a Portugal, e um jabuti, que veio do Pará e estava em uma caixa plástica para ser transportado em um voo regional. “Esses casos são a prova de que estamos comprometidos com a prevenção e combate de qualquer atividade ilícita de transporte ilegal de plantas e animais silvestres no nosso terminal. Lembrando que esse comércio ilegal não apenas expõe espécies ao risco de extinção, como também contribui para os desequilíbrios ecológicos e a vida no planeta, então essa é uma causa coletiva”, afirma Emerson.

Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), uma Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP), cerca de 38 milhões de animais silvestres são retirados ilegalmente da natureza todos os anos, o que movimenta US$ 2 bilhões por ano. Trata-se da terceira maior atividade de comércio ilegal do mundo, atrás somente do tráfico de drogas e armas. De acordo com o Relatório Global sobre a Vida Selvagem e os Crimes Florestais 2024, lançado em maio deste ano pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), considerando apreensões entre 2015 e 2021, é possível dizer que o comércio ilegal acontece em 162 países e territórios, afetando cerca de 4.000 espécies de flora e fauna. 

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